06 de agosto de 2023 às 07:42

VOCAÇÃO RELIGIOSA E FAMILIAR

Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no Programa Show de Domingo do dia 06 de agosto de 2023

O mês de agosto nos convida a refletir sobre o tema vocação. A expressão dá um certo entendimento de tratar-se apenas da religiosa e sacerdotal, mas existem outras opções como a de ser pai, lembrada no segundo domingo, a constituição de família, celebrada durante todo o mês e por aí vai. Ser vocacionado, significa ter vontade de fazer aquilo que Deus quer e da melhor maneira possível.

Em se tratando da vida religiosa, a igreja faz o convite aos adolescentes, jovens e não jovens a desejarem trabalhar no Reino de Deus de maneira mais ostensiva. A opção pelo sacerdócio tornaria o vocacionado um pastor de ovelhas, conforme dizia Jesus. O desejo de ser uma freira, tornaria a garota uma pastora que também cuida dos assuntos dos céus. A Igreja Católica ainda não aderiu ao sacerdócio feminino, de forma que cabe a elas apenas o auxílio às funções da paróquia ou comunidade. Ainda temos os missionários, diáconos e porque não dizer os leigos que exercem funções diversas em prol da salvação das pessoas. Infelizmente o mundo está se direcionando à caminhos contrários e o número de seminaristas tem diminuindo muito com um agravante ainda maior para os conventos. Como fazer se a situação ficar ainda mais caótica? É bom também levar com consideração que precisamos de padres e freiras convictas do seu trabalho pastoral e não apenas pessoas que desejam se formar, adquirir títulos, graduações e pedestais sem nenhuma condição de conduzir religiosamente os fiéis. Para isso, rezemos sempre pelas vocações sacerdotais e religiosas. Aquela canção já dizia... "Essa Igreja é de Deus e ela não pode parar!".

Forte neste mês também o tema "Família". Diríamos que, da mesma forma, trata-se de uma vocação. infelizmente tem gente que não tem dom para vivê-la, isso porque algumas exigências são necessárias para esta modalidade de grupo, como o amor, respeito, tolerância, união, partilha, dignidade, diálogo, obediência, responsabilidade e, fundamentalmente, religiosidade. Os egoístas, soberbos, autoritários, intolerantes, mesquinhos e irresponsáveis não estão aptos a dividir com outros a sua vivência. Fazendo este tipo de análise, sentimos que muitas pessoas não servem, sequer, para viver na sociedade, quiçá numa família. Mesmo que possamos ir contra a ideologia da Nova Era, a família continua sendo o melhor lugar para se viver bem. Por intermédio dela aprendemos a conviver de maneira geral, exatamente por isso podemos afirmá-la como a instituição mais importante no mundo inteiro. É lá que tudo começa, principalmente os princípios éticos e morais. É uma pena que as novelas preferem contemplar famílias desestruturadas, certamente acreditam que os problemas, conflitos e desentendimentos proporcionem maior visibilidade por revelar aventuras e emoções, no entanto, esquecem que muitos noveleiros são alienados e acreditam que estão sempre assistindo cenas da vida real. Os autores, diretores e produtores não veem a paz, serenidade, diálogo, contemplação, educação e morosidade expressões interessantes para tentar o convencimento do público. Para tal, produzem conteúdos que reforçam a traição, a bigamia, o desamor, a não-religiosidade ignorando, assim, as consequências. 

Os pais são a outra vocação de agosto. Ligada à família, eles exercem um papel primordial na criação e educação dos filhos. Tudo começa pelos seus exemplos e ensinamentos. Na parceira com as mães, eles se revelam grandes vocacionados a preparar cidadãos éticos e preparados para viver em sociedade. Com o seu trabalho abençoado por Deus consegue subsídios para manter o lar, além de poder mostrar aos filhos a necessidade de se envolver na causa e tornarem-se parte do processo. A sua expressividade normalmente não é tão notada como das mães, mas são tão importantes quanto. No segundo domingo são lembrados com muito carinho pelos filhos que veem neles um porto seguro, embora eles não consigam demonstrar tamanha emoção. Como o mundo é cheio de adversidades, infelizmente deparamos com filhos e pais ingratos que abandonam a sua titularidade e passam a viver distantes de suas famílias, acreditando estar vivendo suas liberdades. Mais uma vez chamamos a atenção da mídia que assimilam a paternidade a um personagem que assume todas as funções, com exceção à sua tarefa verdadeira e santa de cuidar do seu primeiro grupo na vida.

Assim cantava Padre Zezinho: "Se ouvires a voz do vento chamando sem cessar, se ouvires a voz do tempo mandando esperar, a decisão é tua... São Muitos os convidados... Quase ninguém tem tempo... Se ouvires a voz do mundo querendo te enganar... A decisão é tua... O trigo já se perdeu, cresceu, ninguém colheu e o mundo passando fome... passando fome de Deus... A decisão é tua". A todo tempo somos convidados à alguma coisa e logicamente a decisão é nossa, bem como as consequências. Em muitas outras crônicas já comentamos que vivemos uns pelos outros, trata-se do famoso UBUNTU (Eu sou eu enquanto somos nós). Esta é a maior vocação reservada aos seres humanos, viver mutualmente. O famoso pintor Pablo Picasso já dizia: "O significado da vida é encontrar o seu dom. O propósito é compartilhá-lo com o mundo".

Pois bem, chegamos a mais um final! Hoje falando de vocação. Vamos fechar com a fala de três celebridades vocacionadas para ramos diferentes que contribuirão para o nosso tema:  "A única maneira de fazer um magnífico trabalho é adorando o que faz" (Steve Jobs, empresário); "Se exercer a sua vocação, metade da sua vida estará resolvida" (Fernanda Montenegro, atriz); "Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir" (Beth Goulart, atriz). Que o nosso sim seja sempre para o bem!

Fonte: CLIENT

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