14 de fevereiro de 2022 às 20:10

VIVENDO UM NOVO NORMAL!

Crônica de Elias Daniel lida e interpretada por Evaldo Carvalho no dia 13 de fevereiro de 2022

Crédito:noomis.febraban.org.br

Com o reinicio das aulas e os estudantes retomando as suas atividades, a população começou sentir certa sensação de normalidade, embora carregada de cuidados.  A pandemia ensinou um monte de coisas que a partir de agora todos precisarão se adaptar. Mas, será que a luz no fim do túnel chegou? O que foi possível aprender com tudo isto? Quais os cuidados que a humanidade precisará ter? Bom, este tema norteará a reflexão de hoje.

Ao bem da verdade o COVID não acabou, tão somente surgiu com nova roupagem. Aqueles momentos de penúria, internações e falecimentos amenizaram, mas não chegaram ao fim. No momento, a sociedade está convivendo com uma variante conhecida como Omicron, ela é filha do Coronavirus. Chegou vestida de gripe e assim age no organismo humano. Os especialistas acreditam que ele veio para moldar a maneira de enxergar a contaminação. Transformando-se em gripe ela conviverá harmonicamente com todos. As próprias unidades de saúde estão orientando as pessoas que tiverem os sintomas para se isolarem em casa e manter um período menor de quarentena. Nas recomendações o pedido de se beber muita água e tomar analgésico nos casos de dor, no mais, aguardar. Os testes estão reservados para os casos graves, crianças, idosos e profissionais da enfermagem. Como os males ainda não cessaram e continuam visíveis, o melhor que todos têm a fazer seria exatamente se prevenir com higienização, uso de máscara e distanciamento. Seguro morreu de velho! Da mesma forma que os sintomas gripais, o vírus pode não causar nada, da mesma forma que pode levá-lo ao hospital com a possibilidade de vir a falecer. Como não sabemos qual grupo pertencemos, a prevenção continua sendo o melhor remédio. 

O "Viver um novo normal" seria aproveitar tudo aquilo que foi aprendido nas épocas de reclusão. Vamos citar, por exemplo, o convívio familiar. Tirando os conflitos comuns pelo excesso de convivência, as famílias passaram a se encontrar mais vezes para dialogar, rezar, se divertir e procurar alternativas para passar o tempo. Com o retorno da rotina, espera-se que estas conquistas não se percam. O sistema delivery cresceu assustadoramente e proporcionou uma comodidade aos clientes que com toda certeza vai continuar mesmo que as pessoas tenham prazer em sentar num barzinho ou restaurante para se entreter e alimentar. Foi muito comum também o trabalho Home Office e as videoconferências acolhendo reuniões, seminários e cursos. A experiência foi incrível! Muitas repartições e empresas adotaram a continuidade deste modelo de trabalho contribuindo assim com a redução dos gastos como aluguel, energia, lanches, faxina e por ai vai. Também as escolas que desenvolveram suas atividades virtualmente se viram obrigadas a aproveitar aquilo que antigamente era vilão e agora se tornou aliado, os celulares. A tecnologia que foi crucial para romper as paredes do distanciamento social se torna no momento a principal ferramenta para viver este novo normal. As pessoas compreenderam também que se faz necessário cuidar da saúde, fundamentalmente na higienização para fugir das bactérias, fungos e vírus. Não existia este hábito e muitos se alimentavam sequer sem lavar as mãos. Mas a partir da pandemia tudo se modificou, aquele álcool em gel na porta do comércio virou o personagem principal. Nas missas e cultos o seu uso também se intensificou. Como ninguém fazia isto e cumprimentavam normalmente os outros, passavam as mãos nos locais que gripados haviam feito o mesmo, compartilhavam copos e garrafas, conversavam cuspindo, abraçavam-se e beijavam-se como se não fosse necessário qualquer tipo de cuidado, a contaminação era o mínimo que se podia esperar. Foi preciso um vírus causador de danos horrorosos para mostrar que os mais diversos males estão facilmente ao alcance de todos. 

Para o fechamento total seria necessário a credibilidade no sistema vacinal, mas infelizmente deparamos com pessoas que se recusam e desta forma contribuem para adiar ainda mais a solução do problema. É inadmissível tamanha ignorância! Estas vacinas passaram por inúmeros testes e receberam aprovação de órgãos competentes que lhe deram aval. Tudo bem que muitos vacinados se contaminaram de novo, mas a força do vírus se concentra nas pessoas que não mudam sua maneira de pensar. As suas justificativas estão no fato de passarem mal após a aplicação, mas trata-se de males momentâneos relacionados ao efeito, não na proliferação dos resultados negativos. Mas, infelizmente, como estamos em um país democrático, não se pode usar a força para fazer acontecer o intento, mas um detalhe precisa ser observado, vivemos numa coletividade e sendo assim, o egoísmo não pode imperar.

Quanto ao futuro, a partir desta pandemia, mudanças serão comuns além de uma nova maneira de viver. O biólogo Átila Iamarino da USP disse que nada será como antes. Segundo ele "o mundo mudou e aquele mundo (de antes do coronavirus) não existe mais. A nossa vida vai mudar muito daqui para a frente". Ele ainda acrescentou: "Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, que a gente levaria muito tempo para implementar voluntariamente, a gente está tendo que implementar no susto, em questão de meses". 

Enfim, tudo ainda é novidade. A crônica de hoje abordou este tema refletindo um pouco acerca do novo normal, mas muito ainda precisa ser descoberto e trabalhado. Pode até ser que pecamos nalgumas informações e opiniões e pedimos desculpas, mas este vírus é de uma agilidade tão intensa que quando a gente pensa que já entendeu tudo o que está se passando, vem uma bagagem de surpresas nos deixando flutuantes e a ver navios fazendo-nos voltar à estaca zero. Pra todos os efeitos vamos manter as velhas recomendações e que Deus continue a nos ajudar sempre!

Fonte: CLIENT

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