11 de abril de 2023 às 13:44

VENCENDO A CRUZ

Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no Programa Show de Domingo do dia 09 de abril de 2023

Crédito:comshalom.org

Depois de uma pausa, estamos de volta! E nada melhor do que voltar no exato momento em que celebramos Jesus ressuscitado. Durante a Semana Santa muito ouvimos que nossas cruzes possuem nomes, mas a Páscoa chega para nos aliviar de todas estas dores. Se o Filho de Deus venceu, nós também venceremos, Ele mesmo nos deu esta garantia!

A nossa vida é carregada de percalços, todos os dias algo diferente vem nos acontecer causando-nos estranhamentos. Chegamos mesmo a querer acreditar que as nossas cruzes não são tão inteiriças quanto parece, mas de um aglomerado de pedaços. Alguns mais leves, outros suportáveis, outros ainda difíceis de carregar. Pesos como doenças repentinas, desemprego, traições, descrédito nas pessoas, no governo e no sistema, depressões, medo, pânico, desespero e porque não dizer, desânimo de continuar vivendo. Se tudo isso tem causado a dificuldade de carregar a cruz, imagine a de Jesus. Jogaram nos seus ombros aquela madeira cruzada que, segundo especialistas, pesava de 75 a 136 quilos. Ele estava debilitado, psicologicamente arrasado, sentindo dores, fome, sede e com poucas roupas tendo que se expor ao ridículo pelas ruas da cidade como se fosse o pior de todos os bandidos. Enquanto carregava, apanhava e era debochado. Ele poderia ter renunciado a tudo aquilo, mas queria fazer cumprir as escrituras e sentia que o seu sacrifício seria o maior gesto para provar ao mundo que ela era Deus. Jesus ensinou com sua atitude que os sofrimentos são necessários para que a redenção aconteça. Não adianta querermos diminuir o peso da nossa cruz ou fingir que não está pesada ou mesmo tentar eliminar alguma parte. O evangelista São João disse pelas palavras de Jesus: "No mundo tereis aflições, coragem, eu venci o mundo" (16,33).

Da mesma forma que o mundo foi cruel na época de Jesus, poderíamos dizer que hoje não fica diferente. O homem parece que fez opção contrária à da sua criação. Certos acontecimentos são difíceis de aceitar como condução política, social e ideológica. É inadmissível alguém querer dizer que as drogas deveriam ser liberadas para garantir a liberdade das pessoas, no exato momento em que se assiste grandes tragédias em função desta praga. O vício em entorpecentes tem deixado muita gente no fundo do poço e cegos à realidade. Por sua vez, assistimos à uma elevação da violência e incompreensão coletiva. Que horror quererem tirar Deus das repartições, como no caso da cidade de Taubaté em que o prefeito garantiu punir os professores que demonstrasse qualquer tipo de religiosidade nas escolas. Uma coisa é certa, se Deus não puder entrar nos lugares, o demônio entrará e não faz parte da sua filosofia o amor, a ética, a moral, a paz, o entendimento e a fraternidade.

Uma coisa é certa, já vi muitos casos de pessoas repudiarem com gestos e palavras a cristandade, mas quando a doença, o desemprego ou os problemas chegaram, imploraram por orações. Deus de fato é misericordioso, mas não se pode negar que a preferência de bênçãos fica para os fiéis, os demais precisarão passar antes por um crivo de conversão e crença para se beneficiarem. Triste também quando pessoas que se beneficiaram das graças divinas afastaram-se depois de ter alcançado o seu objetivo. Que ingratidão! Parecem que estão cuspindo na cruz de Jesus. Ele que sempre nos auxilia neste fardo, será que não merecia compartilhar também as alegrias?

Chegamos enfim na Páscoa! Jesus ressuscitou! Ele se livrou daqueles tormentos. Enquanto todos achavam que ele havia morrido, ressurge daquele túmulo tampado com uma pedra pesada para mostrar que havia vencido a morte e que era muito maior do que tudo aquilo que haviam programado para ele. Fico imaginando a cara de tacho dos judeus, sacerdotes e escribas que há muito tempo planejavam a morte de Jesus e agora assistiam de camarote o mistério da ressurreição, se bem que a ignorância deles era tanta que preferiram dizer que o messias prometido pelos antigos profetas não era aquele.

Com a libertação da cruz, Jesus alivia as nossas também. Para isto se propõe a fidelidade às coisas de Deus. Tomara que as nossas igrejas continuem lotadas como estava a praça quando celebraram a morte na cruz. Todos os dias somos convidados a nos entregar à Jesus por intermédio das nossas orações pessoais, pela participação nas santas missas, pela reza do terço, pelos gestos de caridade, pelo trabalho nas pastorais e movimentos. Uma vez agindo assim o peso da cruz será suportável, não diria que desaparecerá, mas teremos forças suficientes para conseguir romper. O Mestre já havia dito "Se alguém quiser vir após mim, negue-se, tome a sua cruz e me siga" (Mt. 16,24).

Bom, já querendo chegar ao fim, fazemos aqui a proposta de você tentar dar uma olhada para dentro de si. O melhor caminho seria fechando os olhos e se imaginando. Desejo que ao fazer esta experiência, sinta a presença de Deus cuidando de cada parte, de cada situação e de cada detalhe da sua vida. Aquelas cruzes que você nomeou, peça a Jesus para te ajudar a carregá-las, ele tem muita experiência e sabe também como vencê-las. Prometa-lhe fidelidade e se ofereça para propagar a sua fé com a intenção de podermos mudar este mundo e trazer de volta aqueles que optaram pelo outro caminho. Jesus garantiu que no céu tem muitas moradas, mas antes de usufruirmos deste benefício, que possamos nos beneficiar aqui na terra antes, concorda?

Fonte: CLIENT

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