18 de julho de 2021 às 08:07

UM VERDADEIRO AMIGO, UM GRANDE TESOURO!

Crônica de Elias Daniel de Oliveira em função do dia dos amigos. Lida e interpretada por Evaldo Carvalho no dia 18 de julho de 2021

Crédito:clinprosaude.com.br

Vamos começar a crônica de hoje com uma citação bíblica vinda lá do Livro de Eclesiastes capítulo 6, versículos 14 e 17: “Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro”. Durante todo o ano, diversas datas lembram o dia do AMIGO, dentre elas 20 de julho. O tema é muito bom de tratar, haja vista a sua importância. Vamos então conversar sobre como descobrir os verdadeiros, como fugir dos falsos, como conviver e, logicamente, como ser um bom amigo!

Um fator é extremamente importante: Ninguém pode ter muitos amigos. Alguns poucos são suficientes. Isto porque o verdadeiro cuida, está por perto, mas não fica grudado como um chiclete na roupa. Talvez existam semiamigos, colegas, conhecidos ou mesmo pessoas que te querem bem e vice versa. Os adeptos das redes sociais se vangloriam por possuir um número exagerado nas suas páginas ou contas, mas estes não passam de seguidores. O site dos significados consta que, “Amigo é o nome que se dá a um indivíduo que mantém um relacionamento de afeto, consideração e respeito por outra pessoa. Ele é aquele que possui uma grande afeição por uma ou mais pessoas, que é leal, que protege e faz o possível para ajudar sempre”. Quem tem amigos precisa agir da mesma forma, afinal de contas, trata-se de uma via de mão dupla. O egoísmo, a possessividade, a exploração, a falsidade e a ganância não podem fazer parte de uma verdadeira amizade.

Esposa, esposo, filhos, irmãos e pais podem entrar no núcleo da amizade? Claro que sim, só que numa segunda função, mesmo assim com ressalvas. Como assim? Simples! Vamos a um exemplo para entender os demais, quando os pais se dirigem aos seus filhos e fala aquela velha frase: Eu posso até ser seu amigo, meu filho, mas antes eu sou seu pai! Numa amizade os sentimentos se esbaldam, acontecem intimidades, segredos, cumplicidades e num relacionamento mais afetivo faz-se necessário alguns requisitos mais sérios para não perder a ordem das coisas. Jesus quando escolheu seus discípulos, tratou-os como amigos, mas antes deixou claro pra que veio. A Bíblia comenta que eram 72, embora tenha escolhido apenas 12 para o apostolado, ainda assim deparou com inúmeras decepções.

Uma amizade pode acabar? Sem sombra de dúvidas. Não porque se tornaram inimigos, mas o próprio tempo faz desgastar tudo. Diríamos que ela não encerra por definitivo, tão somente adormece. Vivemos como numa novela, a cada episódio temos emoções e histórias diferentes com amigos que vem e que vão. Vários permanecem grudadinhos lá no cantinho do coração, mas as novas conjunturas proporcionam novas realidades e assim a vida vai fluindo. É interessante quando há oportunidade de um reencontro com um longo abraço e a revisão das lembranças que são ditas desesperadamente pelas partes sempre seguidas de sorrisos e lágrimas. Amizade é isto! O amigo que sufoca que gosta de se mostrar o tempo todo e que tira a individualidade da outra pessoa precisa de um tratamento. Provavelmente ela está sofrendo com carência e a amizade pode ser um dos remédios, não o único ou o mais importante.

E quanto ao falso amigo, como lidar com ele? Tá ai uma erva daninha! Muito perigoso por sinal. Este tipo de pessoa adota todas as características de um bom amigo, mas ele apronta pelas costas e deseja o mal o tempo todo, embora aja na surdina. A principal ferramenta utilizada é a INVEJA. Ele não admite que você esteja numa situação melhor (em todos os sentidos) e procura meios de te derrubar, sem, contudo, mostrar a sua intenção. Outra ferramenta que ele utiliza é o CIÚME, normalmente é possessivo e quere exclusividade na sua amizade e por causa disto, age de maneira errada sem medir as consequências. O escritor Marinho Guzman disse que: “A inveja é um desvio de caráter e como tal, inaceitável no convívio entre amigos ou pessoas que querem se relacionar bem. Como no caso do malandro, existe uma maneira de não ser prejudicado pelo invejoso. É guardar distancia prudente e se possível for, suficiente para estar longe dos seus olhos e comentários”.

Bom, a maneira como estamos direcionando o assunto dá impressão que ter amigos é muito mais difícil que pareça e talvez melhor não tê-los. No fundo, vivemos em uma sociedade em que ficamos dominados pela modernidade e, infelizmente o nosso principal amigo tem sido, infelizmente, o celular. Ele se tornou o nosso confidente, companheiro, informante, professor, enfim, amigo. Tudo bem que por intermédio dele estamos chegando mais rápidos às pessoas que queremos bem, inclusive as mais distantes, mas, é chato dizer que, em relação ao passado, estamos vivendo um novo tipo de convivência. Neste ponto, talvez se faça necessários criar alguns critérios para não deixar cair por terra a essência da amizade. Uma ideia seria delinear níveis onde você possa colocar alguns em primeiro lugar, outros na sequência e por ai vai. Assim, os amigos que precisam de atenção ou que você queira a sua atenção, terão prioridade na sua lista, não que os últimos sejam menos importantes, mas agindo assim, será possível mesclar a vida corrida dos dias de hoje com o prazer de poder contar com os amigos.

Para encerrar, vou pegar um pequeno trecho da música de Padre Zezinho, onde ele faz uma oração pelos amigos: “Abençoa Senhor meus amigos e minhas amigas e dá-lhes a paz. Aqueles a quem ajudei que eu ajude ainda mais. Aqueles a quem magoei que eu não magoe mais. Saibamos deixar um no outro uma saudade que faz bem. Abençoa Senhor meus amigos e minhas amigas. Amém!”. E que possamos cultivar a verdadeira amizade, que possamos utilizar o perdão, a preocupação e os cuidados. Que os amigos nos ajudem a crescer e que possamos fazer crescer também nossos amigos!

Fonte: CLIENT

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