20 de maro de 2022 às 07:50
SUA MAJESTADE, A ÁGUA!
Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no dia 20/03/2022
A água é lembrada no dia 22 de
março e diante de sua importância não poderia passar despercebida. Da mesma
forma que o sangue que percorre todo o corpo nos mantém vivo, o líquido
cristalino abençoado não é diferente. A falta de luz nos lares pode até ser
substituída por outros recursos ou mesmo ser tolerável, mas o mesmo não
acontece com a água. Ela é necessária, importante e imponente. Sem ela a vida
corre riscos.
Por incrível que pareça 70% do
nosso corpo é composto por água. Manter-se hidratado é o mínimo que podemos
fazer em nosso favor. Os especialistas recomendam tomar pelo menos dois litros
por dia. Tem pessoas que, enquanto tomam cerveja, ingerem água para contribuir
neste processo. A não prática deste hábito faz com que o bebedor fique indo ao
banheiro a todo o momento e ao eliminar a hidratação interna, a ressaca depois
é inevitável. Pessoas que se encontram também em situação de vômitos e
diarreias graves perdem muita água e ficam com muita dificuldade de compensar a
perda gerando assim a desidratação.
A água do nosso corpo precisa
ser renovada. Ela entra, faz o seu trabalho e é liberada pelo suor e pela urina
com o forte trabalho dos rins que podem excretar entre meio a dez litros por
dia. Vê-se neste ponto a necessidade de beber água o dia inteiro. A sede é um
dos mecanismos mais importantes que nos auxilia e incentiva o consumo dela. Na
necessidade do corpo, os centros nervosos situados na parte central do cérebro
são estimulados a nos hidratar. Quando o corpo tem excesso de água, a sede
passa e aguarda o próximo momento de atuar de novo.
O dia mundial da água foi uma
iniciativa da ONU no ano de 1992. Neste ano a comemoração completa 30 anos. Também
foi instituída nesta mesma data a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA. A
principal intenção seria conscientizar toda a população para a causa, afinal de
contas se não cuidar, poderá faltar ou ser imprópria para consumo. Na declaração
todos os países se comprometeram a reconhecer que a água faz parte do
patrimônio do planeta, que ela é a seiva, que seus recursos naturais de
transformação em potável são lentos, frágeis e muito limitados, que ela não é
somente herança do passado, mas um empréstimo para o futuro, que ela não uma
doação gratuita da natureza, mas tem um valor econômico, é dispendiosa e
limitada, que ela não deve ser desperdiçada, nem poluída e muito menos
envenenada, que ela implica respeito à lei e a sua gestão impõe um equilíbrio
entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica,
sanitária e social e que o seu planejamento deve levar em conta a solidariedade
e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. Antes destas
três décadas já existia preocupação com a água, mas nada que fosse legalmente
fiscalizada, com isto era muito comum ver o esgoto da cidade ser jogada
desvairadamente nos córregos que cortavam o centro urbano, os rios não contavam
com assoreamento, árvores e plantas que colaboravam com a secagem do solo como
o eucalipto e a baqueara eram plantadas próximos aos rios e por ai vai. Foi
necessária uma intensificação das secretarias e ministério do meio ambiente
para conscientizar as pessoas sobre o assunto. Hoje ainda pode se dizer que
tudo esteja tranquilo, mas muitas conquistas foram possíveis observar.
Até a fama antiga de o nordeste
brasileiro ser uma região desértica em função da seca está começando a passar
por mudança com a transposição do Rio São Francisco que nasce nas nossas Minas
Gerais, mais precisamente na Serra da Canastra. Cuidando, ninguém ficará
desprovido deste líquido sagrado e precioso e a sua sobrevivência advém dos
cuidados com as árvores, com o não desperdício e com a não poluição. A natureza
é uma verdadeira mãe cuidadora dos seus filhos e se todos fizerem a sua parte,
tudo se completa. Uma canção que pode ser declarada como o Hino à água é a
"TERRA, PLANETA ÁGUA", de Guilherme Arantes, assim o poeta expressa: "Água que nasce da fonte serena do mundo e
que abre um profundo grotão, que faz inocente riacho e desagua na corrente do ribeirão.
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão, que banham aldeias e
matam a sede da população. Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco
do trovão e depois dormem tranquilas no leito dos lagos. Água dos igarapés,
onde Iara, a mãe
d’água é misteriosa canção que o sol evapora pro céu e vai embora virar nuvens
de algodão. Gotas de água da chuva, alegre arco íris sobre a plantação. Gotas
de água da chuva tão triste são lágrimas na inundação. Águas que movem moinhos
são as mesmas que encharcam o chão e sempre voltam humildes pro fundo da terra.
Terra, planeta água!" .
Com tanto enaltecimento da água,
a galera do contra pode querer dizer que ela causa danos como as enchentes,
afogamentos, alagamentos, desmoronamentos, etc. Bom... já dissemos em outras
crônicas que não é bem assim. A água faz parte da turma do bem, o mal é
proporcionado pelo próprio homem que não faz a sua parte. Não existiriam
enchentes se não obstruíssem o curso dela, não existiria afogamento se as pessoas
fossem mais cuidadosas e muito menos desabamentos se as construções fossem
feitas em locais corretos, simples assim!
Enfim,
falar de água é muito gratificante! Sem nenhuma sombra de dúvidas, ela pode ser
considerada a bebida número "um" na nossa vasta lista de necessidades. Para
entender melhor tudo isto, lembre aquele copo d’água friinha num momento de
intenso calor, lembre aquela chuva caindo sobre a terra depois de um sol
escaldante, aquela água do chuveiro te purificando, relaxando e te fazendo ser
outra pessoa e por ai vai! Sua majestade, a água! Por isto que São Francisco de
Assis a chamava de irmã e assim também te reverenciamos!
Fonte: CLIENT