17 de janeiro de 2021 às 09:30
SONHO DE IGUALDADE SOCIAL
Crônica de Elias
Daniel de Oliveira (17/01/2021)

Na última sexta feira, dia 15
de janeiro seria aniversário de MARTIN LUTHER KING JR. Ele era negro nos EUA e
pastor evangélico. O foco principal da sua biografia era a defesa dos direitos
humanos, fundamentalmente a questão racial. Luther King nasceu no ano de 1929 e
viveu até 1968, vítima de assassinato. Sua principal obra, resultado de um
discurso, chamava-se: “EU TENHO UM SONHO” e é nesta abordagem que conduziremos
a reflexão de hoje.
O homem deveria ser mais
racional, já que esta alcunha o separa dos animais. Não há necessidade alguma
das segregações, até mesmo porque, quando Deus criou o homem o diferenciou do
outro apenas anatomicamente, ou seja, homens e mulheres se desigualam e, no
entanto se juntam para se completarem. Tirando isto, tudo é a mesma coisa, com
exceção para a personalidade e é justamente ela que faz a bagunça acontecer. Por
qual motivo precisam agir de maneira preconceituosa se não está escrito em
livro nenhum e muito menos na Bíblia que uma raça específica é superiora à
outra? O que faz a vida acontecer é o sangue e ele tem a mesma cor para todos.
O mentor da nossa crônica de hoje lutou feio para mostrar que debaixo dos céus
somos todos semelhantes.
O americano Martin Luther King
se inspirou em Mahatma Gandhi, líder indiano. Sua estratégia de luta era o
método da não violência e a pregação de amor ao próximo, embora estivesse no
seu foco a desobediência civil por não aceitar a maneira como o governo e o
sistema tratavam o assunto. Percebe-se então que ele era odiado pelas
autoridades e grupos racistas. A manifestação mais imponente promovida por ele
foi a MARCHA SOBRE WASHINGTON no ano de 1963. O evento reuniu mais de 250 mil
pessoas e foi exatamente ali que ele proferiu seu mais ilustre e célebre
discurso com o título “EU TENHO UM SONHO”, parte dizia assim: “digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das
dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho
profundamente enraizado no sonho americano. Tenho um sonho que um dia esta
nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença:
consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens
são criados iguais. Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia
os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos
poderão sentar-se à mesa da fraternidade. Tenho um sonho que um dia o estado do
Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão
,será transformado num oásis de liberdade e justiça. Tenho um sonho que meus
quatro pequenos filhos viverão um ainda numa nação onde não serão julgados pela
cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter. Tenho um sonho, hoje. Tenho
um sonho que um dia o estado de Alabama, com os seus racistas malignos, cujos lábios
do governador atualmente pronunciam palavras de recusa, seja transformado numa
condição onde pequenos rapazes negros e moças negras possam dar-se as mãos com
os outros pequenos rapazes brancos e moças brancas, caminhando juntos, lado a
lado como irmãos e irmãs.
Ainda hoje se assiste
preconceito racial nas terras norte-americanas, mas muita coisa já mudou graças
a este ativista. Com a sua morte ficou o legado de todos se unirem para
promover a paz social e a igualdade humana quando o assunto é cor da pele. Extensivo
aos seus ideais, o seu discurso ampliou-se a outros setores que também se beneficiou,
como as pessoas injustiçadas e mais pobres. Com o seu assassinato pensaram
calar aquele que defendia os mais necessitados, mas o seu legado foi mais forte.
A sua luta começou em Alabama, sua terra natal. Nesta cidade acontecia
assustadoramente uma discriminação a população negra, privando-os de usufruir
de benefícios básicos, como educação, saúde, transporte público, tal como os
brancos usufruíam. É claro que os negros possuíam este tipo de serviço, mas
eram de péssima qualidade. O primeiro caso em que Luther King envolveu
diretamente com a luta pelos direitos civis dos negros foi o caso de ROSA
PARKS. Ela era uma mulher negra que foi presa por se recusar a se levantar e
dar o seu assento a um homem branco. A lei segregacionista da cidade era
aplicada também nos transportes públicos. Como não havia assento disponível na
ala dos brancos para o homem, o motorista a obrigou liberar o lugar para ele e
ela se recusou. Com isto Parks recebeu voz de prisão o que ocasionou grande
revolta não só em Alabama, mas também em todo o sul dos Estados Unidos.
Parece drástico, mas era assim
que funcionava. O problema é hoje depois de tantas mudanças ainda existem
racistas preconceituosos querendo alegar que os brancos são seres superiores
aos negros. Uma recente pesquisa mostrou que a possibilidade de Jesus ser negro
é muito grande. Os pesquisadores direcionaram os seus estudos á região africana
onde ele nasceu. Convém perguntar então, se de fato o MESTRE DOS MESTRES for de
cor escura, vai mudar alguma coisa na história da salvação? O pior preconceito
está na cabeça das pessoas. Já abordamos em diversas crônicas sobre este tema.
O mínimo exigido no momento é a questão do respeito. Do que adianta tanta
separação se no fundo somos iguais, que o diga as ossadas armazenadas nos
túmulos do cemitério.
A melhor maneira de encerrar
seria trazer algumas frases deste ativista que mais pensou nos outros do que
nele próprio: “A verdadeira medida de um
homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e
conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio”. “O que
me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. “Pouca coisa é necessária para transformar
inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios”. E assim a
gente fecha o tema de hoje. Inspirados em Martin Luther king batalhemos sempre
também pela paz social e a harmonia entre as pessoas.
Fonte: CLIENT