27 de dezembro de 2021 às 10:46

SOLIDARIEDADE NO NATAL

Crônica de Elias Daniel lida e interpretada por Evaldo Carvalho no dia 26 de dezembro de 2021

Crédito:jornalocidadao.com.br

A novena de Natal proposta pela Diocese de Oliveira às paróquias focou com bastante exatidão a questão da solidariedade. Praticamente todos os dias uma pincelada acontecia para exortar as pessoas sobre o fato de se importar com os outros e é exatamente baseando nesta temática que vamos refletir hoje.

Todos os dias tinham uma história maravilhosa e a apresentada no sétimo dia trouxe um velho conto da diferença entre o céu e o inferno. Conta-se que certa vez, Deus convidou um homem para conhecer estes dois lugares e o primeiro escolhido foi no inferno. Ao abrirem a porta o rapaz viu uma sala na qual tinha um caldeirão de sopa e, à sua volta, estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo muito longo que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não a boca. O sofrimento era muito grande. Em seguida Deus o levou para conhecer o céu e ele viu a mesma cena, no entanto todos estavam fartos e satisfeitos. Não havia fome e nem tristeza e a diferença estava no fato das pessoas não serem egoístas para se alimentarem. Eles pegavam suas longas colheres que não chegavam na própria boca, mas era possível alcançar a do outro, ou seja, alimentavam uns aos outros como num gesto de linda solidariedade. Enxergamos nesta história a verdadeira essência desta data! É claro que, como diz naquela música da banda Roupa Nova, é necessário que o Natal aconteça todo o dia. Faz-se necessário cuidarmos uns dos outros. Na verdade é uma mão de via dupla, você ajuda e será ajudado!

Tudo bem que cabe aos órgãos públicos os cuidados com os cidadãos, haja vista o pagamento de inúmeros impostos. Diante desta ótica criaram inclusive uma secretaria específica que é a da Assistência Social, mas aqui a gente vai um pouco mais além. Nós vivemos numa sociedade em que não seria possível a sobrevivência coletiva, caso não houvesse a união de todos. Por mais que criem inúmeras alternativas para vencer as desigualdades sociais, não tem como negar que estas diferenças não acabarão nunca e muitos fatores justificam esta fala, como, por exemplo, a regionalização, o oferecimento de oportunidades tanto empregatício como educacional, as fragilidades das pessoas, as doenças e incapacidades inerentes à vontade humana, as questões salariais e por ai vai. Com as políticas públicas, conscientização, solidariedade, melhores ofertas de trabalho e ensino poderemos até ver uma amenização das desigualdades, mas a extinção em definitivo acredito que será um pouco difícil. Sendo assim, não podemos ficar esperando que o governo, em todos os seus segmentos, consiga deixar o mundo perfeito e em condições de resolver todos os problemas sociais, neste ponto entra o cidadão com o seu coração humanitário e solidário para fazer a sua parte, independente do quesito religião.

Pode não parecer, mas o número de pessoas na nossa cidade de Bom Sucesso que depende de uma cesta básica para alimentar os seus filhos é uma coisa exorbitante. Diversos órgãos atuam de forma atuante todos os meses para contemplar esta demanda, como as conferências vicentinas, o Terço dos Homens, a Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, a Assistência Social,  LIONS Clube, Rotary e por ai vai. Tudo bem que os "do contra" vão querer alegar que nem todos estes ajudados são de fato necessitados e aproveitam da situação. De fato, não é possível ter este controle. Pode até ser que alguns peguem estas cestas e fazem mal uso delas. Seja como for, o gesto de solidariedade foi feito, estas pessoas resolvam depois com Deus. Tem uma máxima bem antiga, inclusive embasada pelas Sagradas Escrituras, que é necessário fazer o bem sem olhar a quem.

O clima de Natal está muito aceso neste período! É muito bonito como as pessoas até se emocionam com os presentes, cestas e ceias recebidos e repassados. Mas, com o tema de hoje, queremos ir muito mais além. O nosso desejo é esticar para os demais dias do ano tudo isto que aprendemos neste período. Como fazer para manter esta vontade de ajudar? Simples. Basta abrir os olhos e verificar o que está acontecendo na nossa cidade, estado, país e mundo. Aquilo que você der com alegria voltará em dobro para você. Na época em que o saudoso Pedro Luiz conduzia programa Intercessão havia um trabalho social bastante intenso com ajudas aos menos favorecidos. Além de cestas, as pessoas ganhavam roupas, eletrodomésticos, fraldas, auxílios diversos além de oração. Tudo bem que ele tinha o dom do convencimento e conseguia por discernimento diferenciar quem precisava ou não. Não tiremos os méritos dos atuais condutores do programa, mas é uma questão de dom. Ainda assim acreditamos que, sob nova roupagem, esta prática precisa continuar, mas pra isto faz-se necessário o envolvimento de todos os ouvintes do programa SHOW DE DOMINGO. Antes da leitura da crônica, acontece cerca de meia hora de abraços, imagina se estes abraçados disserem que topam embarcar nesta ideia? Vamos pensar no caso?

Como o tempo está correndo muito, chegamos à conclusão rapidinho também. Hoje conversando sobre a solidariedade natalina e algumas sugestões de viver tudo isto. Mas, a bem da verdade, este tema merece uma PARTE 2 e ele vai acontecer semana que vem, no primeiro dia do ano novo, em pleno DIA MUNDIAL DA PAZ. Vamos abrir o 2022 com o espírito solidário e traçar algumas metas para trabalharmos juntos esta temática? Atente-se ao que disse Johnny Wech: "Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se", fora disto somos todos iguais e dependentes um do outro. Que o nosso natal seja eterno!

Fonte: CLIENT

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