24 de maio de 2022 às 21:09

SANTA MISSA, UM PRESENTE DE DEUS!

Crônica de Elias Daniel de Oliveira lida e interpretada por Evaldo Carvalho no programa Show de Domingo do dia 22 de maio de 2022

Crédito:anglicanismo.com.br

A celebração da Santa Missa é um ritual católico maravilhoso carregada de muitas orações, mensagens, exaltações, espiritualidade, instruções, história, catequese e ensinamentos. Cada parte dela merece uma crônica separada, mas hoje vamos entender e vivenciar aquela segunda parte da oração eucarística que muitas vezes passa despercebido de nós.

Por ser o coração da Missa, apenas o sacerdote - devido à sua ordenação e votos – está liberado para presidir esta parte. Ele é o único que pode agir na pessoa de Jesus Cristo pelas forças do Espírito Santo. Desta forma é possível perceber o próprio mestre apresentando a Deus todas as nossas necessidades. Cabe à assembleia acompanhar e responder em forma de oração tudo aquilo que a Igreja preparou se unindo a Cristo para proclamar as maravilhas de Deus.

Tudo começa com o sacerdote alertando a todos sobre a veracidade e a importância daquele momento. Depois de citar a paixão e morte, a presença do Espírito Santo e a influência da Virgem Maria, ele conclama a todos para reconhecer Jesus como Santo, assim como fizeram quando gritaram hosana na entrada de Jerusalém. Na sequência a recordação da Santa Ceia e a promessa que continuaria vivo pelo pão e o vinho. Esta horao ímpar da Santa Missa coloca todos de joelho em sublime adoração e reconhecimento. Sobre sinetas e oblação o sacerdote eleva o Cálice e a Hóstia agora consagrada para que todos se reconheçam como pessoas de fé. Sentindo-se num céu, a assembleia eleva a Deus as suas mais profundas necessidades.

Segundo a Oração Eucarística, tudo começa com a celebração da memória da morte e ressurreição de Jesus, agradecendo pela transformação do pão e vinho e da possibilidade de ser digno de estar ali para presenciar a transubstanciação. A lição desta introdução é que precisamos sempre reconhecer este sacrifício em nosso favor. Ele podia dar a volta por cima, mas sabia que veio à terra para mudar tudo e proporcionar a salvação da humanidade. A nossa maior alegria é que ele ressuscitou e por isto somos alegres e amparados. Esta primeira oração é respondida por: "Recebei, ó Senhor, a nossa oferta! ". Já que Ele fez por nós, o mínimo que nos cabe é fazer caridade. Uma vez se mostrando íntimo, vem a súplica para permanecermos unidos a Ele pelo Espírito Santo. Sem titubear, vem a exaltação: "Fazei de nós um só corpo e um só espírito! ". Parece uma simples fala, mas, a partir do momento em que grudarmos n’Ele, a proteção será certa conforme Jesus deixou claro nas suas pregações. A oração pela comunidade acontece quando o sacerdote pede por todos e cada um pode aproveitar para pedir por suas necessidades, aquele Jesus consagrado está bem atento aos que se mantiverem na fé.  Dando continuidade, a assembleia lembra de rezar pela igreja. Muito pertinente essa atitude! Há uma necessidade enorme de pedir a Deus pelos padres, bispos e o papa. As tentações são muitas e é chato dizer, mas o demônio existe e muita se incomoda com a santificação das pessoas. Reza-se para a igreja local, como a regional e a mundial. É como aquela brincadeira chamada "cabo de guerra", fiquemos firmes do lado de cá para darmos continuidade a todo aquele esforço de Jesus teve. Os mortos também são lembrados. Santa Tereza D’Ávila muito falou a respeito e nós já citamos em outras crônicas: Os falecidos muito precisam de nossas orações para alcançar a salvação. A santa comentava que teve uma visão em que as almas ficavam clementes aos pés do altar na consagração, por acreditar ser o momento mais forte para auxiliá-las nas suas penúrias. Ao pedir por aqueles que já se foram, pedimos também por nós que um dia iremos. A resposta da comunidade justifica esta afirmativa: "Concedei-nos contemplar a vossa face! ". Sentindo-se muito em paz e usufruindo das bênçãos divinas, a assembleia ainda lembra a Virgem Maria, São José, os apóstolos e todos os santos considerados eleitos que estiveram aqui na terra, foram exemplos e com toda certeza nos receberão um dia na glória do céu. Na conclusão desta parte, o sacerdote eleva o Pão e o Vinho e deixa claro a todos que tudo aquilo foi: "Por Cristo, com Cristo e em Cristo..." com as mãos elevadas para o altar e em sinal de consentimento, todos ecoam em alto e bom tom o AMÉM.

Notaram a beleza deste instante? As pessoas mais antigas gostavam de permanecer ajoelhadas para intensificar ainda mais a oração. Mas, devido a pressa em ver a missa encerrada ou mesmo por causa da automatização de alguns sacerdotes, os fiéis deixam de aproveitar, contemplar e rezar intensamente naquele momento considerado o coração da missa, aquele que dá a vida e oficializa a celebração. Um santo que não me recordo, disse o seguinte: "Em toda missa podemos diminuir a pena temporal devia aos teus pecados e diminuí-la mais ou menos consoante o teu fervor. Assistindo com devoção à missa, prestas a maior das honras à santa humanidade de Jesus Cristo. Ele compadece-se de muitas das tuas negligências e omissões".

Chegando ao final, apresentamos o que a igreja diz sobre o assunto: "A Santa Missa diminui o império de Satanás sobre a humanidade e sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível. Uma só Missa a que assistimos em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por nós após a morte". Também São Boaventura colabora com a nossa reflexão com o seguinte pensamento: "A Santa Missa é obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz". Domingo sem missa, semana sem graça! Sinta a Missa como um grande presente e usufrua cada instante dela!

Fonte: CLIENT

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