A festa de casamento sempre foi um evento muito marcante, nela os noivos acolhem os seus convidados e compartilham as suas alegrias. Dependendo, vira ofensa a ausência de um amigo ou membro da família que tenha sido chamado de maneira formal ou não. Pela crônica de hoje vamos lembrar aquela cena em que Jesus fora requisitado para ir às bodas na casa de um familiar na região de Caná da Galileia.

Os noivos eram parentes de Maria e José, e Jesus sentiu na obrigação comparecer. Alguns fatores nos chamam atenção: a festa estava programada para dois dias, mas os organizadores não contaram com os penetras, os amigos, chegados dos convidados e com os imprevistos. O próprio Jesus levou seus doze amigos que certamente, comeram e beberam como se o mundo fosse acabar. A certa altura, a situação ficou incontrolável por mais que tivesse um bom estoque, o vinho acabou. O desespero tomou conta e ficaria feio dispensar os convivas. Pela hora avançada não teria como procurar algum distribuidor para a reposição e eles se encontraram num beco sem saída. A responsabilidade dos serviçais era tão grande que nem ousaram deixar os recém-casados preocupados e, assim tentaram estudar o caso por ali mesmo. Nesta parte da história nos deparamos com uma personagem fenomenal: Maria de Nazaré. Ela era muito observadora e ao notar aqueles remelexos desesperados, resolveu questionar o ocorrido, foi quando foi informada do vexame de necessitar interromper a festa pela falta do vinho.  A mãe de Jesus assumiu aquelas preocupações e começou a pensar o que poderia ser feito. Entra em cena o seu filho, o mestre dos mestres, o salvador prometido que ao perceber a sua inquietude resolveu indagar. É bom salientar que a missão de Jesus estava no início, ele mesmo não conseguia prever quando os mistérios divinos deveriam se manifestar, mas foi sobressaltado por aquela que o gerou e com toda certeza compreendia os seus propósitos mais do que ele próprio. Assim, ela se atinou e pediu que ele pudesse ajudar. Nesse instante Jesus levou um susto e somente encontrou forças para dizer a ela que ainda não havia chegado a sua hora. O interessante é que Maria ignorou a sua fala e apenas recomendou aos funcionários que fizessem tudo o que ele mandasse. Há quem critique o primeiro milagre ser a transformação da água em vinho, pessoas que alegam ser ousadia a bebida alcóolica marcar a vida social cristã, mas aqui entendemos que o que estava em xeque não era o fato de as pessoas estarem se embebedando, mas a quebra de uma tradição abençoada por Deus. A continuidade daquela festa significava o respeito aos convidados, a competência dos organizadores e a oficialização de um casamento. Jesus sentiu firmeza na fala de sua mãe, a ponto de não questionar as suas ordens. Certamente ele ficou mastigando seus pensamentos com: ela sabe o que faz, o que fala e tem parte com Deus, ela conheceu os anjos antes de mim, por nove meses ele se transformou em um sacrário para a minha preparação ao mundo, como posso duvidar de sua sabedoria? Os homens então seguiram Jesus para a cozinha e acataram suas ordens. Havia ali vários tonéis que o mestre lhes solicitou encher de água, ficando então sozinho, Jesus orou e pediu a Deus que o ajudasse. Para o espanto de todos, aconteceu então a transformação em vinho. É claro que houve um pequeno descrédito daquele milagre e levaram então uma pequena quantidade para a certificação do mestre sala, aquele entendido do assunto que ao experimentar, aprovou a bebida e ainda questionou: Como vocês deixam para servir o melhor vinho depois que todos estão bêbados?          

Este foi considerado o primeiro milagre de Jesus! Vejam que o papel de Maria nele foi fundamental. É estranho como alguns seguimentos religiosos contrários insistem em negar a sua magnitude. O seu "SIM" proporcionou os propósitos de Deus na terra. Por diversos outros momentos, percebe-se o quanto ela foi importante para o seu filho, ela o acalmava, orientava, tinha confiança nele, apoiava e também dava ordens. Ele era obediente, respeitoso e a considerava imensamente. Nas Bodas de Caná, ela agiu como uma mãe que conhecia o potencial do filho, além de reconhecer a ação divina em tudo, ações estas ditas pelo anjo Gabriel no momento em que ela foi abordada para gerá-lo. Maria sabia que nunca seria desapontada nos seus pedidos e transmitiu tudo isso ao próprio Jesus. No momento da sua crucificação, ela pouco ligou se seria impedida ou não de aproximar-se dele. Ela nunca se afastou ou o deixou sozinho, com exceção para quando ia fazer as suas orações.

Por falar em oração, entramos agora em um ponto muito importante. Jesus, mesmo sendo Deus, tinha o hábito de orar. É interessante que ele sempre prezou pela sua dependência das coisas do céu! Nas bodas de Caná, ele não quis que tudo parecesse um passe de mágica, mas algo com um objetivo maior, proporcionar a conversão das pessoas. Assim, antes da transformação da água em vinho, ele orou. O nosso mestre tinha o hábito de orar em silêncio e nunca quis fazer nenhuma demonstração da maneira como conversava com Deus, com exceção para quando sofreu na cruz ao gritar: "Meu Deus, por que me abandonastes?". Há de convir que neste instante, ele estava sofrendo muito e acabou fazendo a sua prece como um desabafo, mas normalmente gostava muito de ir para as montanhas para manter a sua intimidade com o Pai. Certa vez os discípulos resolveram perguntar-lhe como poderiam fazer para rezar, foi onde ele ensinou a preciosa oração do Pai Nosso.

Pois bem! Chegamos a mais um final! Hoje tratando de um tema bacana na trajetória de Jesus. Muitas passagens apresentam situações que muito nos ensinam em função do direcionamento da nossa fé. A narrativa que usamos hoje, apresenta um episódio muito marcante na história cristã, Jesus viu, a partir da sabedoria de sua mãe, que ele já estava apto a realizar tudo aquilo que Deus lhe havia outorgado. Também nós somos chamados à missão e a todo momento podemos contar com a Virgem Maria para nos dar apoio, força e auxiliar em tudo o que for necessário! 

Fonte: CLIENT