04 de abril de 2021 às 18:12
O SIGNIFICADO DA RESSURrEIÇÃO DE JESUS
Crônica de Elias Daniel de Oliveira (04/04/2021)

Neste domingo celebramos a
ressurreição de Jesus. Qual o significado desta celebração? Como tudo
aconteceu? O que representa para os cristãos a vitória sobre a morte? Na
crônica de hoje abordaremos este momento ímpar que conseguiu ser provado pela
ciência mesmo em cima de um contexto dogmático e doutrinário.
Pela Semana Santa foi possível
acompanhar os últimos dias de Jesus, tema este também abordado na semana
passada. Foram momentos difíceis passados pelo Filho de Deus nas mãos daqueles
que duvidaram das suas palavras de amor ou simplesmente para obedecer aos seus
superiores sem medir as consequências dos seus atos. Pela perfeição do trabalho
de tortura, acreditava que conseguiriam acabar com a vida de Jesus e eliminar
da face da terra qualquer tipo de doutrina pregada por ele. Os escribas, entendidos
das sagradas escrituras, ainda ficaram com um pé atrás, por saber que tudo já
estava prometido pelos profetas, mas não pretendiam perder os seus poderes
religiosos e por causa disto, muito desejavam a morte do condenado. Até então
tudo estava correndo dentro do planejado. Assistiram de camarote a sua morte e
o último suspiro na cruz. Só arredaram o pé do calvário quando tiveram certeza
o seu óbito, liberando, inclusive, a sua retirada para colocá-lo num túmulo em
forma de gruta com uma grande pedra fechando a entrada e para não permitir o
roubo do corpo, colocaram dois guardas na entrada. Só que, o inesperado
aconteceu... Jesus venceu a morte e se libertou de toda aquela ação dos
perversos. Assim nos relata o evangelista João (20, 1-9): “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem
de madrugada, quando ainda estava escuro e viu que a pedra tinha sido retirada
do túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro
discípulo, aquele que Jesus amava e lhes disse: tiraram o Senhor do túmulo e
não sabemos onde o colocaram. Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao
túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que
Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho
no chão, mas não entrou. Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás e
entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha
estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar
à parte. Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao
túmulo. Ele viu e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a
Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos”.
Vencer a morte traz um
significado muito interessante para a fé cristã, porque até então Jesus era
considerado apenas um homem comum daquelas redondezas, todos conheciam o seu
pai José que era um carpinteiro, sabiam também da família da sua mãe e não era
fácil pra eles aceitarem mesmo diante de tantos milagres e manifestações. Se
não tivesse acontecido a ressurreição, até hoje os incrédulos continuariam a
dizer que Jesus era uma farsa, mas a própria ciência com ferramentas da NASA
constatou a veracidade dos panos que o cobriram e limpou o seu rosto pela
Verônica. Ou seja, o Filho de Deus viveu aqui na terra de fato e diante de
muitas testemunhas voltou para o céu de maneira majestosa. É claro que houve a
possibilidade do roubo do corpo, esta desconfiança teve os guardas em relação
aos discípulos e dos discípulos em relação aos guardas ou mesmo por alguma
pessoa que lhe tivesse bastante afeição e não concordava com aquela situação.
Um monte de incógnitas ficou no ar, até que o próprio Jesus apareceu em carne e
osso para vários discípulos e mostrou que tudo aquilo que ele havia falado e
eles entendendo pouco, agora se concretizava. Ali estava a prova viva da sua
ressurreição.
A cor usada no período
quaresmal e semana santa era o roxo, agora o branco predomina, como símbolo da
vitória e da paz. É claro que os evangelistas focaram todos os seus escritos em
Jesus, mas bom seria se tivesse algum livro que mostrasse a reação deles depois
que correu a notícia da ressurreição. Até que Lucas, por intermédio dos Atos
dos Apóstolos, narrou um pouco a revolta deles e a perseguição aos discípulos,
mas muito tititi deve ter acontecido
nos bastidores religiosos, bem como nos reinos. Imagino também a alegria de
Maria, sua mãe! Ela que já não tinha mais lágrimas pra chorar diante de tudo o
que havia acontecido, agora se alegrava e bendizia a Deus.
Um fato marcante ocorrido
depois da ressurreição foi o derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos.
Daquele dia em diante, eles não mais tiveram medo e se propuseram a desmentir
as falas das autoridades que diziam ser falsa a vitória de Jesus sobre a morte
e em alto e bom tom, com pregações em praça pública tiveram a coragem de falar
de Jesus acusando o povo pela atitude tomada. Assim lemos nos Atos dos
Apóstolos (2, 22-24): “Israelitas, ouvi
estas palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante
de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por ele realizou no meio de
vós como vós mesmos o sabeis, depois de ter sido entregue, segundo determinado
desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de
ímpios. Mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, porque não era
possível que ela o retivesse em seu poder”. Segundo o Novo Testamento, mais
de três mil pessoas acreditaram e se converteram.
Pois bem, chegamos a mais um
final! É uma satisfação muito grande poder falar da ressurreição de Jesus. Este
episódio ajuda a revigorar a nossa fé e a viver com dignidade esta páscoa.
Sabendo que ele está vivíssimo entre nós! Que possamos então usufruir deste
privilégio e proclamar pra todo mundo que ele continua vivo e é o senhor de
tudo e de todos!
Fonte: CLIENT