14 de agosto de 2021 às 19:24

O MEU COMPROMISSO COM O DÍZIMO!

Crônica de Elias Daniel no domingo do dia 15 de agosto de 2021

Pague o seu dízimo de acordo com suas graças recebidas! Com esta máxima, abordaremos hoje este tema. Do que se trata o dízimo? Onde surgiu? O que a Bíblia diz a respeito? É certo a sua cobrança? Qual o seu verdadeiro significado? Pois bem, vamos então navegar pelas ondas da nossa condição de cristão e participante e entender os motivos pelos quais precisamos nos comprometer com esta questão.

Pra início de conversa diríamos que vivemos em um pais capitalista e não há nenhuma outra hipótese de sobrevivência a não ser pelo dinheiro. Alguns extremistas até dizem que o dinheiro não é coisa de Deus, mas, a vida precisa fluir. Diria até que ele pode ser do demônio até no momento em que ele fica abençoado. Ao pagar o dízimo, com certeza a bênção vem. A comunidade precisa entender que a igreja tem gastos que não sou poucos e por não ser uma empresa, faz-se necessário o investimento dos seus participantes, não na condição de pagamento, mas de contribuição fiel. A Igreja Católica ainda é tranquila nesta solicitação, diferentemente de algumas evangélicas que cobram exatamente os 10% do salário recebido. Algumas ousam até em não aceitar a participação de quem não cumprir com esta obrigação.

Conforme já foi dito então, ele refere-se ao repasse da décima parte dos rendimentos. Antigamente quando a moeda não era medida de referência financeira, os agricultores repassavam 10% da sua colheita. A Igreja Católica nunca quis explorar os seus fiéis e aceita que eles contribua com o valor que achar pertinente sem prejudicar os seus gastos com a família. O escritor Claudiney Ribeiro disse certa vez que, “Jesus sabe que o dízimo apenas mostra o que você tem no coração, não no bolso, abra os olhos na hora de pagá-lo”. Aqui vai a questão da consciência e a verificação dos gastos da sua comunidade paroquial. Numa família é até muito bonito quando acontece o repasse de todos os membros da casa, haja vista a participação de toda a família. Por sua vez os administradores financeiros da paróquia precisa prestar contas de todo este dinheiro para mostrar a transparência e fazer valer a boa-fé dos contribuintes.

Em vários trechos da Bíblia é possível encontrar sobre este assunto. No livro de Gênesis (14, 18-20), Abraão entrega o dízimo a Melquisedec. Com a libertação do Egito e a legislação do Sinai, o dízimo se torna uma instituição legal com Moisés, necessária para o sustendo e manutenção do templo. No Livro de Levítico (27, 30-32) encontramos: “Todos os dízimos da terra, seja dos cereais e das frutas pertencem ao Senhor. Eles são consagrados ao Senhor. Se um homem desejar resgatar parte do seu dízimo, terá que acrescentar um quinto ao seu valor. O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez animais que passem debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Senhor”. No Novo Testamento, no Evangelho de São Lucas (6,38), temos: “Deem e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será da a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês”. São Paulo também fez a sua recomendação à Comunidade de Corinto (2 Cor. 9,7): “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” e disse também em outro momento (1Cor 9, 13-14): “Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do tempo e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma, o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho que viam do evangelho”.

A pouco dissemos da necessidade do nosso dinheiro ser abençoado para que ele não seja amaldiçoado pelo demônio e o melhor caminho seria transformá-lo de algo de perdição para motivo de bênçãos. Esta temática proporciona muita discussão, porque o dinheiro em si proporciona ganância, opressão, inveja, enriquecimento às custas de outros, consumismo, exploração, luxúria e por ai vai. Mas é ele também que garante o nosso sustento bem como da nossa família. Por intermédio dele sobrevivemos neste mundo cruel que nos faz gastar cada vez mais com o pouco que temos. No atual momento estamos assistindo a uma cena terrível, onde todos os produtos estão encarecendo desesperadamente, no entanto o salário está congelado. Esta disparidade acarreta um desespero do trabalhador que ia ao supermercado a dois anos atrás e comprava muito mais produtos do que hoje. Neste ponto percebemos a necessidade de pedir a Deus a proteção para o nosso dinheiro e um bom caminho é exatamente o pagamento do dízimo e a sua utilização com caridade.

Aqui em Bom Sucesso rezava nas missas uma lindíssima oração que mesmo muito pequena dizia tudo o que precisava ser dito: “Recebei, Senhor, o meu dízimo. Não é uma esmola, porque não sois mendigo. Não é uma simples contribuição porque não precisais dela. Esta oferta, Senhor, representa o meu reconhecimento, minha gratidão e amor por tudo o que me destes. Porque se tenho, é porque me destes”. Na nossa comunidade paroquial tem muita gente que ainda não se atinou para esta questão. São pessoas que participam fielmente das missas, dos movimentos e das atividades da paróquia, mas ainda não são dizimistas. Costumam alegar que a Igreja não precisa e que o dinheiro pode afugentar a fé. Diria que este tipo de pensamento é de quem vive na ignorância bíblica. Duvido que conseguiriam sobreviver sem dinheiro nos seus lares. Somos uma família maior. A igreja precisa de contar com esta verba para utilizar nas suas necessidades e para envolver os seus integrantes naquilo que eles mais precisam de bênçãos.

Chegamos a mais um final! Hoje mostrando a importância do Dizimo. Você é dizimista? Que bom! Parabéns! Você está fazendo a sua parte como cristão. Não é ainda? Procure os responsáveis nas missas, cultos e secretaria paroquial. Tenho certeza que garantindo a bênção do seu dinheiro, ele te trará muito mais retorno.

Fonte: CLIENT

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