19 de setembro de 2021 às 08:00

O LEGADO DA CRUZ

Crônica do dia 19 de setembro de 2021

Nesta semana a Igreja Católica celebrou a EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ. É comum muita gente questionar o motivo pelo qual se exalta tanto um instrumento que foi o símbolo do sofrimento de Jesus. Na crônica de hoje vamos conversar sobre o assunto com o objetivo de mostrar a importância desta celebração. Para nos inspirar, apoiemos no escritor e pastor evangélico Max Lucado quando dizia: “Não foram os cravos que prenderam Jesus na cruz, foi o amor”.

Pra início de conversa vamos pegar o contexto histórico. Ela está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém, por ondem de Constantino. Foi celebrada pela primeira vez no ano de 335 pela recuperação da Cruz em que Jesus havia sido crucificado e roubada 14 anos antes pelo rei persa Parviz. A intenção não seria apenas exaltar algo que lembrasse sofrimento, mas a redenção. O Filho de Deus passar por toda aquela situação de penúria em prol da salvação das pessoas não poderia ser lembrado apenas pelas palavras. O Crucifixo que até hoje olhamos e sentimos pena, dó e sentimento de culpa, também serve para dar aquele cutucão na consciência e incentivar a mudança de vida.

É interessante olhar pra ela também por outro ângulo. De fato foi símbolo de dor, contudo significou passagem. Isto mesmo! Jesus a venceu e ressuscitou! Se tivesse o nosso senso critico teria feito uma banana com a mão pra cruz no momento em que saiu do sepulcro! Muitos cristãos mártires se submeteram a este tipo de sofrimento para se solidarizar com Cristo. Antes de sofrer o martírio, Santo Inácio de Antioquia disse: “A minha paixão está crucificada. Não existe mais em mim o fogo da carne. Agora começo a ser discípulo. Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar de uma extremidade á oura da terra. Procuro-o, ele que morreu por nós; quero-o, ele que ressuscitou por nós. Concedei-me que eu seja imitador da paixão do meu Deus”.

As pessoas têm o hábito de dizer que possuem cruzes pesadas por causa das dificuldades da vida. Com certeza elas não imaginam o peso que teve a de Jesus. A dele não possuía apenas o peso físico, mas dos pecados de toda a humanidade. Enquanto carregava, pesava ainda mais as bofetadas e a pressão mental. Sentiu ao máximo as dores que suportaria um homem a tal ponto de perguntar a Deus se ele o havia abandonado. Por estas e outras que aquele instrumentou se sacralizou pelo bem da humanidade, fundamentalmente a cristã.

O demônio tem pavor da cruz e os seus seguidores também. Diante de um discurso de Estado Laico, muita gente tem pedido para tirar os crucifixos das repartições públicas por incomodar os ateus e os evangélicos radicais que dizem tratar-se de heresia. Agora, convenhamos! Tirar por quê? Qual o temor? Os cristãos a consideram apenas um símbolo. É de fato uma imagem fictícia, não é Jesus que está ali. Trata-se apenas de uma lembrança de um momento forte na trajetória cristã que todos nós respeitamos muito. Não seria convincente chama-la de amuleto, pois supera em muito esta condição. Olhar para a cruz, ver o sofrimento de Cristo em prol de nossa salvação é uma cena simplesmente maravilhosa que nos leva a pensar, mudar de vida e mostrar gratidão. Analisando por esta ótica acreditamos que aquele ambiente fica muito abençoado e propício para a vivência da ética, da moral e do respeito, requisitos estes que são, inclusive, constitucionais para a vivência harmônica das pessoas. Mas é sabido que isto incomoda os que seguem opinião contrária. Sem nenhuma sombra de dúvida, o lugar que retiram Jesus, mesmo de maneira simbólica, abre espaço para a entrada de quem? Exatamente quem você pensou! Daquele que criou um reino próprio e é gerador de discórdia.

São Bento na sua valiosíssima oração pegava como ponto primordial para a eliminação definitiva do mal e da inveja a Exaltação à Santa Cruz: “A Cruz Sagrada seja minha Luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te Satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É mau o que tu me ofereces. Bebe tu mesmo o teu veneno”. O próprio Jesus há havia deixado o seu recado: “Se alguém quiser vir a até mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Aquela música católica, “Vitória, Tu Reinarás”, muito ilustra todo este sentimento da Cruz de Jesus e como ela se tornou o símbolo sagrado após acolher o mestre todo ensanguentado.

Chegando perto do final, cai bem rezarmos a oração da Santa Cruz: “Deus, todo poderoso, que sofrestes a morte sobre o madeiro sagrado por todos os nossos pecados, sede comigo Santa Cruz de Jesus Cristo, compadecei-vos de nós, Santa Cruz de Jesus Cristo, compadecei-vos de mim, Santa Cruz de Jesus Cristo, sede a minha esperança. Santa Cruz de Jesus Cristo, afastai de mim toda a arma cortante. Santa Cruz de Jesus Cristo, derramai em mim todo bem. Santa Cruz de jesus Cristo, desviai de mim todo mal. Santa Cruz de Jesus Cristo, fazei que eu siga o caminho da salvação. Santa Crua de Jesus Cristo, livrai-me dos acidentes corporais. Santa Crus de Jesus Cristo, vos adoro para sempre. Santa Cruz de Jesus Cristo. Fazei com eu o espírito maligno e infalível se afaste de mim. Conduzi-me Jesus à vida eterna. Amém. Por todos e em todos os séculos dos séculos. Amém!”.

                O pastor evangélico americano da Igreja Batista, Rick Warren disse certa vez: “Se queres imaginar o quanto Deus lhe ama, imagine Jesus de braços abertos na Cruz dizendo: Prefiro morrer do que viver sem você!”. Quer sinal maior? Impossível. Na Bíblia temos: “Deus amou tanto o mundo que deu seu único Filho para que todo aquele que nele crer não se perca, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16-36). Que a Cruz de Jesus seja a sua principal defesa e motivo de voltar-se para as coisas de Deus!

Fonte: CLIENT

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