19 de janeiro de 2025 às 07:49

O BATISMO DE JESUS E O NOSSO!

Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no dia 19 de janeiro de 2025 no Programa Show de Domingo!!! 

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Crédito:liturgia.pro.br

O BATISMO DE JESUS E O NOSSO!

Semana passada, a liturgia da Igreja apresentou o Batismo de Jesus. Pela nossa reflexão, vamos entender a importância de ser batizado e por qual motivo alguns outros seguimentos interpretam este ato de maneira diferenciada.

Talvez alguém queira dizer que o batismo de Jesus seria uma negação da sua divindade, haja vista ele se submeter entrar numa fila para ser batizado por João Batista sendo ele o próprio Deus. Esta discussão é boa e não será necessária a explicação dos melhores biblistas, diríamos que, em outras passagens o próprio Mestre já havia falado da necessidade de ser o menor para entrar no Reino dos Céus, também o uso constante da palavra "humildade", enfim, o seu gesto de foi de grande aprendizagem, aquele profeta veio antes dele, era mais velho e tinha por missão preparar a sua vinda. Interessante que este primo de Jesus fazia o seu trabalho pastoral nas periferias, próximos aos rios, lugarejos distantes enquanto Jesus atuava mais nas cidades. Entrar naquela fila para ser batizado significava dizer que ele havia chegado, seria a confirmação da fala de João e se submeter ao batismo era o mesmo que dizer que aquilo ali era sacramental e digno de respeito e verdade. Para melhor entender o contexto, acompanhemos o Evangelho narrado por Lucas (Lc 3,15-16.21-22): "Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos se perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias.  Por isso, João declarou a todos: "Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo".  Quando todo o povo estava sendo batizado, Jesus também recebeu o batismo. E, enquanto rezava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma visível, como pomba. E do céu veio uma voz: "Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer". Vejam que a verdadeira confirmação veio no final da leitura, acredito que seja a explicação esperada pelos incrédulos, "o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma visível, como pomba. E do céu veio uma voz: "Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer".

E por que nós também batizamos? Qual batismo seria o certo, o de criança como fazem os católicos ou de adultos, como fazem os evangélicos? A lição foi dada por Jesus! Ele explicou por gestos, melhor ainda que as palavras. Diríamos que ele teve o seu primeiro batismo enquanto criança, não pelas mãos de homens, mas dos anjos, da sua Mães, sem querer ser ousado, de Deus mesmo. Este segundo seria a confirmação, assim acontece na Igreja Católica que entende inserir a criança no contexto cristão logo cedinho, tendo a Crisma como consolidação. Uma vez adulto se a pessoa não quiser seguir o caminho religioso, que siga o que quiser, mas a comunidade religiosa e seus pais fizeram as suas partes. Os irmãos evangélicos interpretam diferente, eles acreditam que a criança ainda não fez a sua escolha, portanto não está apta a ser batizada. É bom salientar que o batismo para a maioria das igrejas não católicas não é um sacramento, tão somente, um ritual. Tanto que o registro civil acontece logo cedo, mas não nos cabe aqui fazer nenhum julgamento.

Utilizamos o termo SACRAMENTO e é bom entendê-lo também. A Igreja Católica adota sete, são eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Confissão, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio. Assim diz Padre Paulo Ricardo: "Os sacramentos são ritos de fé da Igreja Católica Apostólica Romana. Eles simbolizam momentos de comunhão e confirmação da fé em Deus". Cada um tem um propósito específico na nossa vida de fé. O Batismo nos purifica do pecado original e nos introduz na Igreja, a Confirmação fortalece a nossa fé e nos concede os dons do Espírito Santo, a Eucaristia nos alimenta com o corpo e o sangue de Cristo, a fim de nos transformar nele, e assim por diante. Alguns seguimentos evangélicos, mais precisamente os que seguiram a linha luterana acreditam em dois somente, o do batismo e da Ceia do Senhor. Quanto ao grande debate acerca do batismo de igrejas diferentes, aceitação ou não, validade ou não, vai daquilo que a pessoa acreditar, no fundo há uma grande especulação, por exemplo, alguém foi batizado na evangélica, depois muda para católica, será necessário um novo batismo ou vice versa? Na verdade, nenhuma aceita o da outra, geralmente invalidam o ato para depois fazer valer a vida nova. Exceção apenas para as Igrejas Católica, Anglicana do Brasil, Luterana no Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia que assinaram no dia 15 de novembro de 2020 uma declaração de Reconhecimento mútuo da Administração do Sacramento do Batismo.

Outra pergunta muito comum: PARA QUE EXISTE O BATISMO? O site da Canção Nova traz a explicação: "Adão e Eva pecaram gravemente, desobedecendo a Deus, querendo ser iguais a Ele. Foram, por isso, expulsos do Paraíso, passaram a sofrer e morreram. Deus os castigou e transmitiu a todos os filhos de Adão, ou seja, a todos os homens, o pecado original. Mas o Senhor prometeu a Adão e Eva que enviaria Seu próprio Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que seria igualmente homem, para morrer na Cruz e pagar assim o pecado de Adão e Eva e todos os outros pecados. Não basta, entretanto, que Jesus tenha morrido na cruz. É preciso ainda que Sua morte seja aplicada sobre as almas, para que elas reencontrem a amizade de Deus, ou seja, tornem-se filhos d’Ele e tenham apagado o pecado original. Foi então para aplicar Seu Sangue derramado na cruz sobre nossas almas que Jesus instituiu esse sacramento".

Concluindo, da mesma forma que Jesus morreu por nós para garantir a nossa salvação, ele nos ofereceu o batismo para garantir a nossa candidatura na lista dos filhos que serão salvos. Um fator não pode ser ignorado, precisamos levar a sério o nosso batismo, ele revela que somos pessoas de Deus, quem apronta muito no caminho errado, não mantém a sua religiosidade, prefere as coisas do mundo, está jogando por terra o primeiro sacramento da bênção que recebemos um dia. 

Fonte: CLIENT

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