31 de outubro de 2021 às 07:51
NOVOS SANTOS, ROGUEM A DEUS POR NÓS!
Crônica de Elias Daniel em função do dia de todos os santos, com foco nos novatos. Programa Show de Domingo do dia 31 de outubro de 2021
Estamos para celebrar o DIA DE
TODOS OS SANTOS. Mas por qual motivo acontece esta celebração enquanto nem
feriado é? Na verdade todos nós somos chamados a ser santos. A reflexão de hoje
tratará do assunto com foco nos mais recentes beatificados e canonizados.
Lembrando que trata-se de uma crônica sob sugestão de apreciadores do quadro.
Pra início de conversa celebra-se
todos os santos em único dia pelo simples motivos que todos precisam ser
lembrados. Mas acontece o caso de alguns caírem no esquecimento, ou mesmo não
ter uma data definida, são santos e mártires com reconhecimento oficial da
igreja ou não. Foi uma ideia do Papa
Gregório III no século VIII, ele consagrou uma capela na Basílica de São Pedro
em honra a todos os santos. Antigamente, somente nesta capela aconteciam as
festividades. Mais tarde o sucessor Papa Gregório IV estendeu para todas as
igrejas. Por ser de cunho estritamente católico, não justificaria ser feriado,
embora alguns países adotem. Mas é dia santo, daqueles em que não podemos
faltar da missa. É difícil encontrar o número exato de santos canonizados pela
Igreja Católica. Só o Papa Francisco já canonizou até agora quase 900. As vezes
penso até que alguns dos antigos nem santo foi, mas conseguiu seus títulos por
questões políticas e protecionistas. Sinistro, não é? Mas é fato! Imagine que no
período medieval acontecia a compra de cargos eclesiásticos. Refere-se às
promoções eclesiásticas de alguns padres considerados simples, mas de família
influente que eram promovidos a bispos e depois cardeais. A possibilidade de
reis, rainhas, sacerdotes, dentre outros pleitearem o cargo de santidade não
custava nada. Algumas vezes encontramos alguns nomes estranhos e quando
pesquisamos suas biografias não encontramos muita coisa a não ser dizer que eles
defenderam a fé. Mas não sejamos tão pessimistas, a grande maioria foram de
fato merecedores da titulação.
Na abordagem de semana passada
demos atenção exclusiva ao SÃO JOÃO PAULO II. Ele está na lista dos novatos
junto com muitos outros. Não poderíamos deixar de citar o Carlo Acutis, um
jovem italiano que nasceu no Reino Unido. Ele morreu de Leucemia aos 15 anos no
dia 12 de outubro de 2006. Como participante da modernidade, evangelizava pela
internet e a Igreja reconheceu cientificamente diversos milagres atribuídos a
ele que contribui de maneira clara os processos para sua beatificação. Era um
jovem normal, gostava de jogar videogame, estar junto com os amigos, viajar, praticar
esportes e grudar no computador, foi considerado o padroeiro da internet.
Pode não parecer, mas o Brasil já
tem 37 santos canonizados, 54 beatificados e 17 considerados veneráveis, ou
seja, estão em estudo e fortes candidatos à beatificação. Convém citar também
os Servos de Deus que tem um número bem grande e estão sendo analisados pelas
Dioceses e tão logo concluam o processo, segue para os passos seguintes. Na
turma dos santos brasileiros novatos, contamos com Santo André de Soreval e seus
25 companheiros, mártires do Rio Grande do Norte; Santo Antônio de Sant’Ana
Galvão, de São Paulo; Santa Dulce dos Pobres, da Bahia; São José de Anchieta,
nascido na Espanha; Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, nascida na
Itália; São Roque Gonzales e os companheiros Santo Afonso Rodrigues e São João
Castilho, mártires do Rio Grande do Sul.
Na crônica de hoje voltamos muito
a atenção para os santos novatos, mas é claro que os célebres e conhecidos de
todos continuam com o seu forte trabalho em prol dos seus protegidos. Muitos
deles têm histórias lindas, apesar dos sofrimentos. Se pegarmos a história da
salvação notaremos que desde os antigos profetas, passando por Jesus e
terminando nos santos, a trajetória em prol da santificação é penosa. Penso que
quando Lúcifer criou o seu próprio reino ficou muito incomodado com a
possibilidade de surgirem pessoas especiais que atuariam nas coisas de Deus,
por causa disto ele proporcionou situações dolorosas e difíceis para fazer
estes servos desistirem e não solidificar os propósitos divinos. É possível
perceber esta questão quando o demônio dialoga com Jesus tentando-o no deserto.
Nem todos santos foram mártires, embora poucos conseguiram os seus feitos em
cima de rosas. Parece que a mortificação é um dos requisitos para se conseguir
a santificação. Aqueles que não sofreram por questões sociais, penalizaram-se
com doenças, incompreensões e dificuldades diversas.
Todos somos convidados à
santificação! Sem nenhuma sombra de dúvidas, muitos falecidos conhecidos nossos
estão juntos de Deus e são santos. Pode até ser que a Igreja não os reconheça
oficialmente, mas é plausível esta burocracia. Num mundo de tantos oportunismos,
titular pessoas como santas sem de fato serem, não seria difícil. Reze sempre
pelos seus mortos, peça a Deus a oportunidade deles serem conduzidos ao grupo seleto.
A misericórdia divina é tão esplêndida que a queima dos pecados no purgatório
auxilia este processo. Santa Tereza D’Ávila tratou muito este assunto e ela
dizia que, uma vez rezando pelas almas, elas recebem de Deus a condição de
atender graças.
Para encerrar este bate-papo legal sobre os escolhidos
de Deus com foco nos novatos, não teria término melhor senão com a oração de
todos os santos: “Ó Deus onipotente e
eterno, que pela força do teu Espírito Santo santificastes a vida de tantos
fiéis eu vos serviram ao longo de todos os tempos e em todos os lugares,
testemunhando a vossa grandeza, amor e bondade, fazei que, pela poderosa
intercessão de todos os santos, que vós bem conheceis, cheguemos nós também à
graça da vida eterna junto de vós na companhia do vosso santíssimo Filho Jesus
Cristo, Nossa Senhora e todos os santos e santas. Todos os santos de Deus,
rogai por nós. Amém!”.
Fonte: CLIENT