23 de maio de 2021 às 08:29

MODERNIZAÇÃO NA CRIMINALIDADE

Crônica de Elias Daniel de Oliveira (23/05/2021)

Crédito:Reprodução/TecMundo

Como tudo modernizou, não poderíamos esperar que a criminalidade agisse diferente. Há uma necessidade enorme de ficar muito atento com qualquer situação que possa tirar de nós algum dinheiro ou bem. Os bandidos virtuais estão muito bem preparados e consegue ludibriar fácil as suas vítimas e é sobre este assunto que a crônica de hoje abordará.

Um simples telefone pode colocar tudo a perder. Por diversas vezes tivéssemos conhecimento que estas ligações estavam saindo dentro de presídios, mas existe muita gente atoa que já adotou esta prática como emprego e enganam muita gente, principalmente os mais humildes. É muito comum lembrar o golpe do sequestro relâmpago. O suposto sequestrador obtém por meio de informantes a rotina de alguma família, consegue também os números de telefone. Exatamente naquele momento que a filha mais nova vai ficar um tempo fora, ligam pra ela com voz técnica da telefonia para que ela possa desligar o seu celular por vinte minutos para que possam fazer algum reparo diante da atuação de um falso haquer. A garota, na sua inocência e sabendo que é comum a clonagem de números, obedece a chamada e desliga o seu aparelho. É o tempo suficiente para ligarem para sua mãe alegando ter sequestrado sua filha e que ela tem menos de 20 minutos para fazer a transferência. Neste instante quando a família tenta entrar em contato com a filha, depara com o celular desligado. Em um momento de desespero ela não pensa duas vezes, até mesmo porque ela tem o valor pedido pelo ladrão e acaba obedecendo.

Outro caso que muito tem sido divulgado é o que alguns espertalhões estão fazendo em parceria com despachantes. Com sua câmera de celular tiram foto da placa de carro nalgum semáforo. A partir das informações da placa obtêm o endereço e o nome do proprietário, além de todos os dados do veículo e como se fosse o DETRAN manda a multa para pessoa pagar numa conta comum que, logicamente não é do órgão fiscalizador, mas do bandido. Como todos têm pressa em pagar para não ter o desprazer de pontos na carteira, pagam rapidinhos e quase nunca consultam para saber se é verdade ou não, até mesmo porque ele transitou por aquele lugar constado e hoje são muito comuns as câmeras nas ruas.

Como tem muita gente em casa e diante da solicitação de isolamento social, muitas pessoas não raciocinam direito ao ser abordado por um suposto profissional de saúde que se apresenta pessoalmente ou por telefone para fazer o cadastro para alguma exigência da secretaria como vacinação, atualização de cadastro e por ai vai. A possibilidade de o morador responder a todas as perguntas é muito grande, afinal de contas, esta prática é comum. Numa cidade grande então, a situação fica ainda mais complicada porque por aqui nós conhecemos as pessoas, ou pelo menos fazemos ideia dela, mas em localidades com uma alta população, fica difícil discernir.

Estes golpistas são muito inteligentes e a policia fica com limitações para tomar alguma providência. Por muitas vezes usam nomes e documentos falsos e logo após a prática do roubo, simplesmente desaparecem no ar como uma fumaça. Na próxima abordagem utilizam outros critérios para não deixar pistas. Geralmente possuem muitos chips cadastrados em nomes de laranjas e tão logo praticam o crime, jogam-no fora impedindo o rastreamento e investigação. É interessante que muitos destes criminosos são pessoas comuns que andam na rua sem causar suspeita e às vezes possuem algum negócio comercial para encobrir qualquer dúvida da sua fonte financeira.

Todos os dias a tecnologia nos proporciona inúmeras novidades no mercado para deixar nossa vida mais cômoda, por sua vez ficamos mais vulneráveis aos modernos bandidos. Cito, inclusive, o PIX, um recurso muito prático para pagamento de contas e transferência bancária, mas é um caminho muito rápido para ser roubado também. Todo cuidado é necessário para não ter surpresa desagradável. Os bancos alertam sempre para não passar a senha pra ninguém do seu cartão. Ele é totalmente pessoal e não deve sequer estar escrito nalgum papel na sua carteira. Use sempre números que você vai conseguir lembrar e nunca muito óbvio, como data de nascimento, do seu telefone ou da sua casa. Visando esta segurança as agências têm utilizado também as digitais para proporcionar o acesso à conta, mas como a bandidagem não dorme, nesta semana as redes sociais mostrou uma preocupação na Ásia onde quadrilhas pegavam as fotos postadas de pessoas que faziam aquele gesto de vitória, levantando dois dedos em forma de “V” e com uma câmera em alta definição, colocava um zoom no seu dedo e conseguia copiar a sua digital, o resto já é possível imaginar...

Outro hábito que virilizou na sociedade atual é a compra pela internet. De fato tudo ficou muito prático, sai mais barato e contribui para diminuir a aglomeração nas lojas, contudo precisamos ficar atentos porque, ao fazer a compra, passamos todos os dados do nosso cartão, inclusive o código de segurança. Bom, a loja pode até ser idônea e a plataforma assegura a privacidade, mas, se aquele funcionário que obteve as suas informações não for muito santo e vender cautelosamente os seus dados, vai ficar muito simples outras compras não feitas por você. Ainda bem que as lojas e os bancos nos perguntam via SMS se nós temos conhecimento, mas, vai que você não viu a mensagem e eles entenderam que está tudo legal.

Pois bem! Este foi o nosso tema de hoje. Bom seria se pudéssemos citar outros golpes comuns no nosso dia a dia, mas o nosso espaço é pequeno. O que propomos é o seguinte: Duvide sempre de preços extremamente abaixo do valor de mercado, nunca pague sem ter certeza, pesquise a idoneidade da empresa, veja os comentários, fique atento ao que te é pedido no telefone, normalmente os bancos não agem assim, mantenha a calma e pense sempre antes de tomar qualquer decisão.


Fonte: CLIENT

comentários

Estúdio Ao Vivo