Pela semana da família, o tema hoje não poderia ser outro. Esta instituição pode ser considerada a mais importante de todas as outras por ser onde a vida começa e coletiviza. Para pegar um rumo na conversa, utilizaremos a Família de Nazaré que acolheu, amparou e educou nosso grande mestre Jesus.

As Sagradas Escrituras relatam os propósitos divinos após a criação, onde Deus pretendia enviar o seu próprio filho para que, na condição de humano, pudesse mostrar a todos que o Reino dos Céus continuava existindo. Caso alguma família real ou da nobreza tivesse sida a contemplada para gerar o salvador das nações, os rumos seriam outros, mas foi exatamente um casal humilde da linhagem de Jacó e Abraão que teve o privilégio de gerar Jesus por intermédio da sua filha Maria que estava prestes a casar com um senhor, por nome José. Notem que o contexto no qual esta história começou não foi dos mais perfeitos e esta primeira lição pegamos para as nossas famílias. A questão era a seguinte, José era viúvo e tinha outros filhos, por causa de um ritual que proporcionou a união dos dois, fora prometido à Maria que tinha em torno de 17 anos. Ela, uma linda garota muito religiosa, carregada de cuidados pelos seus pais se via numa situação pesada ao descobrir que estava grávida. É possível imaginar o monte de "tititi" dos fofoqueiros de plantão, bem como da desconfiança do noivo. Foi necessário o anjo Gabriel aparecer para os dois para acalmar os ânimos. Provavelmente outras pessoas também devem ter recebido visita dos anjos para explicar o que estava acontecendo, mas a Bíblia não comentou. Dando continuidade, Jesus nasceu neste lar e ao invés de tudo ser flores, problemas surgiram como o local do nascimento que foi improvisado exatamente porque a família de Nazaré estava longe de casa por causa de um recenseamento.  Quando enfim o prazer de recepcionar o bebê poderia estar certo, houve a necessidade de fugir a outro lugar distante para fugir do rei Herodes que queria matar todas as crianças abaixo de dois anos para ver se pegava Jesus. A Sagrada Família não teve vida fácil e olha que ainda estamos falando do início de tudo!

Com o passar do tempo, Jesus ia crescendo e amando o seu ambiente, pais, avós e amigos. Chegou a aprender a profissão de carpinteiro do seu pai José. A Bíblia relata pouca coisa desta época até mesmo porque os evangelhos foram escritos cerca de 40 anos após a sua morte e ressurreição. Um fato bem bacana que os evangelistas citaram foi daquele em que ele, já adolescente, se perdeu dos seus pais numa outra cidade. Eles estavam ali por causa de uma festa e somente o encontrou tempo depois numa igreja pregando para doutores da lei. Quando foi questionado do sumiço, disse que estava já trabalhando para o Reino de Deus, pelo qual ele veio a terra. É interessante perceber que, mesmo possuindo muita convicção e se achando dono de si não retrucou sua mãe, apenas justificou obedecendo-a, despediu e foi embora com a família. Neste ponto lembramos os filhos rebeldes da atualidade que fazem suas mães ter medo deles. Coisa horrorosa tal situação, os filhos precisam colocar-se nos seus devidos lugares e não pensarem que tudo podem inclusive maltratar os seus pais.

Em inúmeras crônicas comentamos sobre o papel de Maria nas mais diversas abordagens. Mas, como estamos falando da Sagrada Família, ela não pode ficar de fora. Que mulher fenomenal! Que força! Que coragem! O fato de ter aceitado ser a mãe de Jesus e assumi-lo com todas as suas energias já mostra muito a sua fortaleza. Um belíssimo destaque foi as Bodas de Caná. O seu filho já era adulto e possuía até a sua equipe de trabalho. Como qualquer mãe que conhece sua cria melhor que ninguém, solicitou dele um milagre para ajudar naquele casamento com a providência de vinhos que  acabado e a família estava em apuros. Jesus assustou, nunca tinha feito algo parecido, no fundo não sabia da sua capacidade, mas Maria sabia. Como não era de questioná-la, realizou a grande transformação da água em vinho. Os evangelistas já não mais citam São José, provavelmente ele já tinha falecido, mas o quesito família permanecia firme e forte, apesar de tudo. Por diversas passagens do Novo Testamento é possível perceber que a Mãe de Jesus o acompanhando sempre.

A Família de Nazaré teve um momento impactante e doloroso quando Jesus caiu nas mãos das autoridades que proporcionaram o seu julgamento e condenação. Pra falar a verdade não é nada fácil imaginar como ficou sua mãe assistindo a todas aquelas cenas terríveis sem poder fazer nada, ela tinha plena certeza que ele era inocente e não merecia passar por tudo aquilo, mesmo ele tendo dito que enfrentaria tal situação. Não teve nem um pinguinho de medo e acompanhou sofrendo todos os instantes. Exatamente por causa desta fortaleza, Jesus fez questão que ela também recebesse o Espírito Santo no Pentecostes, mesmo sem necessidade, haja vista ser ela o primeiro sacrário que lhe acolheu.

Bom, já querendo chegar ao final, adotemos a letra da música de Jonny, que leva o nome de Sagrada Família para mostrar que a Família de Nazaré foi, é e sempre será nossa inspiração para viver bem no nosso lar, acompanhe: "Numa humilde família fizestes questão de habitar. Viestes trazer vida nova e toda família santificar. Por isto escolhestes Maria e o justo e sereno José que viveram na santidade um lindo amor. Sagrada Família de Nazaré, Fazei-nos bem fortes no amor e na fé. Abençoai nossas famílias Jesus, Maria e José. Guardai as nossas famílias e dai-nos a graça da paz. Trazei-nos a força e a coragem pra não desanimarmos jamais. Rogai por nós, Maria! Rogai por nós, José! Junto ao seu filho, Jesus". Só para fechar de verdade agora, que dentro das nossas casas a presença dos anjos de Deus se façam presentes para que assim possamos estar protegidos e semelhantes à Sagrada Família de Nazaré!

Fonte: CLIENT