10 de janeiro de 2022 às 16:04

ILUMINAÇÃO PARA O ANO NOVO!

Crônica de ELIAS DANIEL lida e interpretada por EVALDO CARVALHO no Programa Show de Domingo do dia 09 de janeiro de 2022

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Ano novo acabou de começar e já chegou meio nervosinho! Todo janeiro é desta forma, mesmo com tantas expectativas, a tão desejada paz celebrada no primeiro dia chega assim meio precisando de aprimoramento. Notícias de chuvas intensas, vírus que não cessam e só aumentam, novas variantes... Ufa!!! Qual será a lição de tudo isto?

Para iniciar em alto estilo a nossa reflexão de hoje, vamos recorrer a mais uma historinha da novena de natal do ano passado, conta-se que certa vez uma vela recusou-se a ser acendida pelo fósforo. Este lhe disse: "Eu tenho a tarefa de acender você!". Assustada, a vela respondeu: "Não, isso não! Se eu me deixar acender, os meus dias estarão contados". O fósforo perguntou: "Você prefere passar a vida em brancas nuvens, sem cumprir a missão para a qual você existe?" "Mas queimar dói e me consome!" – sussurrou a vela, insegura e apavorada. "É verdade", explicou o fósforo. "Mas é este o segredo de nossa realização. Somos criados para servir. E se eu não acender você, perco o sentido da minha vida. Eu existo para acender fogo. Você existe para iluminar e aquecer". E continuou: "Tudo o que você oferecer através da dor, do sofrimento e do empenho, será transformado em luz. Consumindo-se, você não se acabará, mas outros passarão o seu fogo adiante. Você só morrerá se recusar a ser acendida". Nesta hora, a vela afinou seu pavio e disse ao fósforo: "Peço a você que me acenda".

Pois bem, vamos agora juntar um assunto ao outro. O que ser vela e luz tem a ver com o fato do ano novo ter começado assim meio nervosinho? Certa vez Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (João 8,12). Iniciar um período novo exige de cada um esforços extras. Afinal de contas, inúmeras promessas acontecem na virada. O problema é que os dias se movimentam de maneira natural como se não tivessem estas interrupções para balanço, ou seja, não é que 2022 tenha começado de maneira errada, certa ou estranha, ele é simplesmente a continuidade de tudo o que já estava acontecendo. Quanto às chuvas, infelizmente é normal chover intensamente nesta época. Todos os anos as catástrofes são comuns. Rebeldia na natureza? Não, prefiro pensar na displicência do homem. A escritora Scheilla Lobato, na sua obra O LAMENTO DE UM RIO, mostrou uma linda mensagem que nos ajuda compreender esta temática: "Me perdoem por toda esta bagunça. Eu só queria passar. Eu não fui feito para destruir... eu só queria passar. Já fui esperança para os navegantes, rede cheia para os pescadores, refresco para os banhistas em dias de intenso calor. Hoje sou sinônimo de medo e dor... mas eu só queria passar... me perdoem por suas casas, por seus móveis e imóveis, por seus animais, por suas plantações... eu só queria passar. Não sou inimigo, não sou vilão, não nasci para destruição... eu só queria passar... era o meu curso natural, só estava seguindo me destino, mas, me violentaram, sufocaram minhas nascentes, desmataram meu leito, quando eu só queria passar. Encontre tanta coisa estranha pelo caminho que me fizeram transbordar. Muros, casas, entulhos, garrafas, lixo, pontes, pedras, paus... tentei desviar... porque eu só queria passar. Me perdoem por inundar sua história. Me perdoem por manchar esta história... eu só estava passando. Seguindo o meu trajeto cumprindo o meu destino... passar!".

Quanto ao segundo problema abordado, diríamos que depois de dois anos enfrentando esta pandemia, grande parte da população vacinada, devidos cuidados de isolamento e higienização, mas faltou ao homem observar as devidas recomendações de que o vírus ainda não estava morto e enterrado. Custava se precaver? O aviso veio até do céu quando, no réveillon choveu barbaridade para não permitir as aglomerações, no entanto os festeiros esbaldaram e deixaram vir uma nova onda assustando um pouco este início de ano. Tudo bem que estava acontecendo uma calmaria e nos fazendo acreditar naquela luzinha no fim do túnel, mas ela ainda precisava aparecer mais intensa. Com estas variações de tempo, é muito normal as pessoas griparem e o problema é que virou uma bagunça danada colocando os profissionais de saúde subindo as paredes. Os gripados chegavam aos postos e fazia necessária aquela análise para ver se tratava de uma gripe comum, H1N1, H3N2, Covid ou alguma variante que já está se manifestando por ai.

E a luz? Então... ela serve para iluminar, tanto as ideias como o ambiente. Iniciar o ano como um ser iluminado seria conseguir entender todos estes problemas com sabedoria. A vela mostrou a sua lição, ela precisaria se consumir para alcançar o seu objetivo. Assim também o ser humano. Faz-se necessário passar por dificuldades para conseguir o crescimento. Jesus, a luz da vida, está atento a tudo e as soluções sempre virão, desde que todos façam sua parte, sejam cautelosos, íntimos à Deus e preparados. No mais, é vida que segue! Aquelas velhas promessas poderão continuar. A bem da verdade elas precisarão passar por provações. "Não há vitória sem luta!". Por diversas vezes já comentamos em crônicas passadas ao inspirar na pedra do caminho do Carlos Drummond de Andrade. Se não deparáramos com os obstáculos não conseguiremos evoluir. O filósofo Cícero já dizia: "Quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação".

E assim fechamos mais um tema, hoje mostrando que tudo pode acontecer em nosso favor, inclusive os percalços. Ano Novo e Vida Nova não significa dizer que vai acontecer um passe de mágica com um brilho novo do céu, mas com a sua condição de viver, lutar e vencer. 2022 está só nascendo! Ele é como um caderno com páginas em branco. Escreva nelas tudo o que quiser e que não te faça arrepender depois!

Fonte: CLIENT

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