15 de março de 2021 às 14:54
EXALTANDO SÃO JOSÉ!
Crônica de Elias Daniel de Oliveira (14/03/2021)

Celebra-se nesta semana o
glorioso SÃO JOSÉ, o pai terreno de Jesus. Temos várias crônicas sobre ele, mas
devido a sua importância, vamos pegar hoje nova abordagem, até mesmo porque
este ano foi consagrado a ele pelo Papa Francisco. Este santo é considerado o
número um em relação aos outros, só perde para Maria, a mãe de Jesus.
Ele era um simples carpinteiro
na Galileia, descendente da casa real de Davi e tinha idade bem superior à de
Maria. Originado de uma família religiosa, seguia todos os preceitos da igreja.
Era um homem justo, trabalhador e exemplo de pai. Estava prestes a contrair o
seu segundo casamento, a primeira esposa havia falecido e possuía outros filhos
que também foram cuidados pela Mãe de Jesus. A gravidez de Maria foi uma
situação bastante inusitada, até mesmo porque eles ainda eram noivos e somente
depois que o anjo Gabriel explanou para ele do que se tratava é que entendeu e
encarou as críticas das pessoas. Havia pensado inclusive em abandoná-la para
que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento, conforme a cultura da
época. Pela história ainda deparamos com a necessidade que ele tinha de ir até
Belém para se submeter ao recenseamento. O problema é que era muito distante e
ela estava grávida, mas era uma obrigatoriedade que não poderia ser deixada de
lado. Lá chegando, mais uma situação complicada, nenhuma pensão disponível.
Coitado deste homem! Deu lá seus pulos e encontrou um lugar nada confortável,
mas agradável, exatamente onde ela deu à luz ao Filho de Deus. Não pense que o
retorno foi tranquilo, quando Herodes descobriu que foi enganado pelos reis
magos, resolveu assassinar todos os bebês da região para acertar Jesus e mais
uma vez o anjo precisou aparecer em sonho para alertá-lo.
José devotava muitos cuidados a
Jesus e Maria e sustentava a família com o seu trabalho na carpintaria com
muita dignidade e exemplo. Era um judeu religioso e praticante. Consagrou o
menino Jesus no Templo assim que ele nasceu e sempre conduzia a família para as
peregrinações e atividades da igreja. Os evangelhos mesmo narra o encontro de
Jesus com os doutores da lei quando ele tinha 12 anos e este episódio foi o
último citado na Bíblia que lembra José. É claro que a sua história não acabou
ali, com certeza ele ainda deu continuidade aos seus ensinamentos e formação da
personalidade de Jesus. Nas Bodas de Caná já não mostra o mostrava, os
evangelistas mostraram apenas Maria. Não há registros documentais da morte
dele, tudo leva a crer que ele faleceu no inicio da vida pública de Jesus. A
celebração do dia 19 de março lembra os textos de Isidoro de Isolanis nos
primeiros séculos da Igreja que cita a morte do santo. O Papa Pio IX declarou-o
patrono e protetor da Igreja Católica, além de patrocinar os doentes e uma
morte feliz, devido á crença de que ele morreu na presença de Jesus e Maria.
Até a roqueira Rita Lee fugiu
da sua filosofia musical para prestar uma homenagem ao santo com a sua música
“JOSÉ”, autoria de Georges Moustaki e Nara Leão. Assim ela expressa: “Olha o que foi meu bom José se apaixonar pela donzela entre todas, a
mais bela de toda a Galileia. Casar com Deborah ou com Sarah, meu bom José você
podia e nada disso acontecia, mas você foi amar Maria. Você podia simplesmente
ser carpinteiro e trabalhar sem nunca ter que se exilar e de se esconder com
Maria. Meu bom José você podia ter muitos filhos com Maria e teu oficio ensinar
como teu pai sempre fazia. Por que será meu bom José que esse seu pobre filho
um dia andou com estranhas ideias que fizeram chorar Maria. me lembro as vezes
de você meu bom José, meu pobre amigo que desta vida só queria ser feliz com
sua Maria”. A singeleza desta canção
é incrível, parece um diálogo amigável com o santo que fez a opção de seguir
aquilo que o anjo recomendou apesar de tudo.
A sua devoção foi inserido no
calendário litúrgico Romano no ano de 1479. Além do Papa Francisco que venera o
santo, também São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Ávila muito o propagou.
No ano de 1870 ele foi declarado oficialmente como o PATRONO UNIVERSAL DA IGREJA.
Bento XV o declarou PATRONO DA JUSTIÇÃO SOCIAL e ele é considerado também o
protetor dos carpinteiros e padroeiro dos operários. Na arte cristã ele é
representado com um lírio na mão para mostrar a vitória dos santos ou então com
o Menino Jesus no colo para enaltecer o seu envolvimento com a Sagrada Família.
Na sua oração é possível
encontrar a expressão de que não há nada que se peça a ele que não seja
atendido. Por estas e outras que é muito fácil encontrar inúmeros testemunhos
de cristãos que a ele recorreu e teve a sua graça alcançada, fundamentalmente
os trabalhadores e pais de família. O saudoso Pedro Luiz quando falava dele até
brilhava os olhos e recomendava com muita frequência a sua rápida e eficaz
invocação para ser atendido de maneira imediata: ‘VALEI-ME SÃO JOSÉ! VALEI-ME SÃO JOSÉ! VALEI-ME SÃO JOSÉ!”. Quem
quiser uma oração mais carregada de palavras encontra um monte na internet, mas
se não for possível, basta recorrer a ele de maneira simples assim como ele
também era. É claro que ele não tem o poder de resolver nada, mas por tudo o
que ele fez por Jesus, com toda certeza o Filho de Deus nunca vai querer
decepcioná-lo.
Para encerrar, recorramos aos dizeres do Papa
Francisco a respeito do santo: “São José
aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo,
sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo
contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão,
de verdadeira abertura ao outro, de amor”.
Fonte: CLIENT