23 de outubro de 2022 às 07:42
EM PROL DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA!
Crônica de Elias Daniel de Oliveira lida e interpretada por Evaldo Carvalho no Programa Show de Domingo do dia 23 de outubro de 2023
A Organização das Nações Unidas
(ONU) instituiu no ano de 1992 o 17 de outubro como DIA INTERNACIONAL DA
ERRADICAÇÃO DA POBREZA. O principal objetivo seria debater programas e
políticas públicas que procurem soluções para erradicar a pobreza em todo o
mundo. A crônica de hoje aproveitará o tema para conversar um pouco sobre o
assunto, vamos lá então!
Levando-se em consideração a
questão da vida, a abordagem deste tema é de extrema necessidade. Infelizmente
a desigualdade social é uma realidade. Enquanto muitos esbaldam nas suas
riquezas, um número muito maior sofre com a falta de condições. São inúmeros
fatores que contribuem para que tudo isto aconteça, mas o primordial é a
ganância. Tudo bem que os participantes da classe média e alta fizeram por
merecer para estar onde estão, da mesma forma, a grande maioria do povo sofrido
não escolheu a vida em que se encontra. Provavelmente lhe faltou oportunidades
ou foi vítima de nítidos problemas sociais, dificultando a sua evolução. É uma
pena, mas os políticos pleiteiam o poder desejando muito mais poder, promoção
financeira e comodidade do que necessariamente ajudar os mais necessitados.
Alguns, se esbaldando no luxo e ostentação, utilizam discursos de crises e
dificuldade econômica para justificar a pobreza da população.
Há um desejo muito intenso das
Nações Unidas para que os países se comprometam para que a pobreza se torne
algo do passado. Neste ano de 2022, o tema escolhido para a celebração foi:
"Dignidade para todos na prática". A organização estima que 1,3 bilhão de
pessoas vivem em diversas dimensões de miserabilidade. É possível assistir
seres humanos passando fome enquanto existe fartura no mundo. Faz-se necessário
considerar que estas pessoas poderiam estar produzindo e contribuindo para o
crescimento das suas nações. Seria uma excelente solução para a erradicação a
oportunidade de ensinar a pescar ao invés de simplesmente oferecer o peixe. O
que muito pesa para gerar esta situação de necessidade é o salário muito baixo
ou quase nenhum, o que poderia ser corrigido com políticas públicas. Cabe aos
governantes promover e estimular educação de qualidade para as crianças e assim
elas poderem sonhar alto e fazer acontecer seus projetos de vida. Também muito
importante a ampliação das Unidades de Saúde com o objetivo de resolver os
problemas relativos às doenças. Necessário também um reforço nas atividades da
Assistência Social, não simplesmente para entregar alimentos, mas trabalhar em
todos os âmbitos como emprego, aposentadoria, estímulo para abrir o próprio
negócio e por aí vai.
Ainda resta aqui os casos das
pessoas que estão na linha de pobreza em decorrências de questões climáticas,
discriminação, exclusão social, tolerâncias religiosas, ideologias, vícios,
deficiências físicas e mentais, dentre outros. Dinheiro para trabalhar estes
temas não seria tão complicado assim, bastaria poupar os gastos que provocam a
violência. Segundo a UOL NOTÍCIAS, pelo sétimo ano consecutivo, o mundo gastou
2,1 trilhões de dólares em equipamentos militares. Em sete anos cerca de 147
trilhões de dólares foram gastos, isto equivale a 735 trilhões de reais que
muito contribuiria para pelo menos aliviar ou mesmo erradicar a pobreza.
Jesus disse certa vez que
sempre teríamos pobres entre nós (João, 12,8) e pelos ensinamentos de muitos
santos, com destaque para São Vicente de Paulo e São Francisco de Assis que
inspiraram Santa Madre Tereza de Calcutá e Santa Dulce dos pobres, cabe a nós
nos importar com a causa. Existem muitas pessoas próximas a nós que imploram
ajuda e atenção. Bom seria que a população inteira se incumbisse de trabalhar
nesta causa. Tudo bem que o dinheiro desviado na corrupção faria uma enorme
diferença, mas, é complicado esperar muita coisa dos políticos corruptos e
descomprometidos, vamos nós todos utilizar nosso lado cristão, ético e
solidário para mudar a sociedade.
Ao abordar este assunto dá a
impressão que existe um preconceito com os pobres. Há quem queira até mesmo
utilizar a expressão vitimismo. Nada contra o fato das pessoas optarem por
viver humilde, na verdade é muito louvável não desejar luxos e riquezas. O foco
nosso seria olhar para o caso de quem realmente precisa e passa fome e
dificuldade. Chico Buarque mostra esta realidade na sua música GENTE HUMILDE, com
foco nas pessoas que não tem muita coisa, ne entanto, são felizes. Assim o autor expressa: "Tem certos dias em que eu penso em minha gente e sinto assim todo o
meu peito se apertar. Porque parece que acontece de repente feito um desejo de
eu viver sem me notar. Igual a como quando eu passo no subúrbio. Eu muito bem,
vindo de trem de algum lugar e aí me dá uma inveja dessa gente que vai em
frente sem nem ter como quem contar. São casas simples com cadeiras na calçada
e na fachada escrito em cima que é um lar, pela varanda flores tristes e
baldias como a alegria que não tem onde encostar. E aí me dá uma tristeza no
meu peito feito um despeito de eu não ter como lutar e que que não creio peço a
Deus por minha gente. É gente humilde, que vontade de chorar".
Enfim, retomo a outra citação de Jesus quando
dizia que era mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um
rico entrar no Reino dos Céus. É claro que precisa ser observado o seguinte, o
rico a que o Mestre falou trata-se do ganancioso, egoísta, explorador e
pão-duro, não aquele que ajuda os mais necessitados. Há quem diga também que
quem ajuda o pobre é o próprio pobre. Seja lá como for, precisamos nos
comprometer com a causa do próximo, seja ele quem for, isto é bíblico. O nosso
dinheiro será muito abençoado se pagarmos o dízimo e fizermos caridade. Se
houver um comprometimento de todos, esta sociedade será bem melhor!
Fonte: CLIENT