03 de dezembro de 2023 às 07:37
DE UM ANO AO OUTRO!
Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no Programa Show de Domingo do dia 03 de dezembro de 2023
Com a chegada de dezembro, vamos
concluindo o ano! Onze meses se foram e restou apenas este para dar aquela
fechada com chave de ouro ou tentar consertar alguma coisa que não ficou bacana
para assim poder entrar em 2024 com o pé direito. Trata-se do mês da
retrospectiva e da montagem de projetos e metas para o próximo que está logo aí
na frente.
Um fator precisa ser levado em
consideração, como passou rápido todos estes dias! Já não é de hoje que a terra
parece estar rodando com mais velocidade ou talvez seja o nosso excesso de
compromissos. Assim que o dia começa, não demora muito para chegar na metade e
logo em seguida o entardecer que traz a noite. Na mesma comparação, diríamos
que a semana já inicia com os olhares fitos na sua conclusão e como se não
fosse diferente, também os meses e por consequência, os anos. De tudo isso
tiramos a lição que precisamos ficar atentos a cada segundo e tirar proveito de
cada instante, senão o tempo passa e leva de nós todas as oportunidades. Não
proponho que com isso precisemos trabalhar, trabalhar e ocupar todos os nossos
espaços com atividades para ganhar tempo e dinheiro, mas que possamos viver de
fato.
Viver ultrapassa o quesito
existir. Na lista de itens para uma boa vivência, encontramos: amar,
responsabilizar-se, divertir-se, trabalhar, rezar, conviver, ser ético e moral,
praticar alguma atividade física, respeitar os outros, evoluir, estudar, ousar,
enfim, fazer valer a vinda neste mundo. Como no livro de Eclesiastes: "Há um
tempo para cada coisa...". Quando a pessoa quer praticar tudo ao mesmo tempo,
com certeza não fará nada correto e se esquecer de algum item, ficará cambeta e
incompleto. Uma palavra pode ser o carro chefe: PERFEIÇÃO. Fazer tudo perfeito
muito contribui para o sucesso. É claro que o ser humano está apto ao erro, à
procrastinação, ao medo, à preguiça e por aí vai, mas ele precisa saber que tem
forças para mediar tudo e nunca deixar que estes tropeços da vida impeçam a sua
evolução.
Viver, subtende-se sobreviver e
conviver. Trocando por miúdos... o indivíduo nasceu para a coletividade. Por
mais que ele pense apenas em si, nunca desprenderá dos outros. Até mesmo para a
sua concepção foi necessário um casal, é claro que dentro da normalidade
biológica, logo em seguida uma equipe médica e durante todo o seu viver uma
leva de pessoas para ensinar, educar, cuidar e fazê-lo virar gente de verdade.
Esta dependência faz com que a palavra liberdade sofra represálias, ou seja,
ninguém é livre por completo, ele sempre precisará dos outros, bem como necessitará
ser também útil, isso chama-se "reciprocidade". O problema é que tem gente que
não consegue viver assim e uma vez egoísta, acha que o mundo tem que girar em
seu favor, mas não é assim que o carro anda. Em outras crônicas, falamos do
UBUNTU, aquela expressão africana que significa: "Eu sou eu, enquanto somos
nós". É inadmissível certas práticas que muito nos assustam nas páginas
policiais com crimes que afrontam a normalidade e mostram que o ser humano tem
dificuldade de viver coletivamente ou pelo menos em paz. São pessoas que fazem
com os outros o que não gostariam que fizessem com elas.
Mas onde queremos chegar?
Começamos falando do encerramento do ano e partimos para o tema sobrevivência
coletiva, parece coisa de doido, mas não é não! Mais do que a velocidade dos
dias, precisamos nos atentar em viver bem cada momento, assim o tempo não será
um inimigo, tão somente, um parceiro. Sabendo administrar a própria vida, o
mundo se beneficiará. Vejam que a inteligência ou mais precisamente a sabedoria
é a ferramenta ideal para fazer valer todas estas intenções. Uma vez vivendo de
maneira sábia, até os males da vida não encontrarão oportunidades de evoluírem-se.
O que hoje conhecemos por depressão, pânico, estresse, etc. poderão ser
eliminados quando a vida for mais bem valorizada.
Com a retrospectiva dos
acontecimentos do ano, faz-se necessário fazer uma revisão e lembrar o que
precisa ser corrigido para poder fazer valer a maturidade em prol de um ano bem
melhor. Tudo bem que muita coisa não depende de nós, como a política, o
sistema, o meio e a nossa dependência coletiva que limita os nossos desejos,
mas o que estiver no nosso alcance, precisa ser feito. Se pegarmos como exemplo
o caderno, diríamos que estamos diante de dois, um chama 2023 e o outro, 2024.
Um está todo preenchido e o outro, vazio. Percebe-se que o primeiro está com
páginas desgastadas, mas que foram muito importantes para todos os registros.
Nelas, detectam-se momentos legais e algumas que gostaríamos de rasgar e jogar
fora, mas não faria nenhuma diferença, até mesmo porque foram situações já
vividas e concluídas. Por outro lado, o caderno novo possui espaços suficientes
para produzir tudo de bom. Nele será possível evitar erros e escrever uma nova
história que possa revelar todo o nosso potencial. Este dezembro, última página
do 2023, serve para trabalhar esta pausa. As confraternizações de família, do
trabalho, as ceias, os balanços, os choros e alegrias, as lembranças, os
abraços e os desejos de boas festas se fazem presentes para proporcionar
inúmeras reflexões. Há quem fique preocupado até se conseguirá romper com o ano
novo, outros têm medo das mudanças, existem também os exageradamente otimistas
ao lado dos pessimistas, todos disputando o mesmo diálogo com uma taça na mão,
mas o futuro é algo incerto que não nos cabe julgar, tão somente vivê-lo.
Pois bem, chegamos ao final! Pelas palavras de
hoje, até parece que o mês de dezembro está acabando e não começando. Mas o
propósito foi exatamente este, use-o como ponte para chegar no ano novo. Faça
dele o intervalo necessário para chegar em 2024 já bem preparado. Uma boa dica
seria segurar firme nas mãos de Deus! Ele disponibiliza sempre os seus anjos
para nos ajudar. Lembre-se de agradecer por tudo que aconteceu neste ano,
inclusive os percalços que contribuíram com o nosso crescimento. Provavelmente
este mês também passará rápido, mas se você o valorizar como deve, perceberá
que ele lhe será muito útil para se descobrir cada vez mais!
Fonte: CLIENT