Você já deve ter ouvido esta expressão popular. Dançar conforme a própria música significa, em grosso modo, adaptar-se. Mas, até que ponto isto é certo? Será que não seria interessante mudar um pouco o ritmo? E como agir no momento em que eu não conseguir seguir os passos, mesmo diante de uma obrigação? Bom, este será o perfil do nosso bate papo de hoje!

O site dicionarioinformal.com.br propõe o seguinte significado para a expressão: “Fazer as coisas conforme o contexto pede” e ainda dão o seguinte exemplo: “Não adianta discutir as regras da universidade, tem que dançar conforme a música”. Quando falamos em contexto entramos numa realidade que se move independente da nossa vontade. Neste ponto deparamos com um grande problema: mas se eu não conseguir me adaptar? A chegada da modernidade é outro bom exemplo para tentar entender esta afirmativa. Muitos saudosistas fincam os seus pés nas suas memórias a tal ponto de não querer aceitar as mudanças dos dias atuais. As pessoas precisam perceber que faz-se necessário viver cada momento no seu tempo. O que aconteceu no passado foi muito importante sem nenhuma sombra de dúvidas, mas foi salutar para aquela época. Não adianta tentar ressuscitar os mimeógrafos, as máquinas de datilografias, as máquinas fotográficas, o Kichute, as Tvs preto e branco e por ai vai. Todos estes componentes foram de uma importância incomensurável para a ocasião, inclusive dando abertura à modernidade, mas não adianta pelejar, são peças de museu. Tudo bem que grandes males surgiram com as parafernálias modernas, como o câncer, o parasitismo, as doenças dos olhos, o stress, a depressão, dentre outros, mas, infelizmente, faz parte. Todo benefício acolhe também um malefício. Isto serve até para os remédios.

A própria igreja reconhece que na adaptação dos tempos, muitos pecados antigos perderam este título e alguns outros ganharam. Mas por que um pecado deixou de ser pecado? Porque o mundo agora tem uma nova visão das coisas. E como novos surgiram se não existiam antigamente? Exatamente pela adaptação dos tempos. Pra falar a verdade, quem não se modernizar está condenado a morrer na ignorância. É chato dizer, mas isto é fato! Por estas e outras que temos visto muitos idosos se adaptando à era da informatização e redes sociais, por perceber que não existe mais a comunicação pelas antigas cartas e nem aquele funcionário no banco para fazer-lhe todo o serviço. Neste contexto, não se tem como negar que o celular é uma realidade que já ultrapassou o luxo. Mesmo os analfabetos precisam adotá-los para viver no mesmo pé de igualdade com os outros.

Esta pandemia mesmo deixou muito clara a necessidade de se dançar conforme a música. Muitos empregados passaram a trabalhar em casa e o patrão até que achou interessante. As reuniões passaram a ser virtuais e não é que deu certo? O serviço de Delivery foi muito bem valorizado e com toda certeza continuará. As pessoas passaram a se higienizar com álcool em gel, a utilizar máscara e distanciamento para não se contaminarem a tal ponto que, quando não mais precisar, o hábito poderá permanecer para o bem de todos. Tudo bem que houve desemprego, mortes, sequelas, prejuízos, conflitos, depressões e assim por diante. Quando os números de falecimento estavam assustadores, muitos questionavam o por que do sumiço de doenças que passaram a não entrar mais nas estatísticas, mas agora é possível perceber o que aconteceu, pessoas continuaram tendo infarto, gripes, derrames e outros males, o que complicou a situação foi que o vírus chegou chegando e acelerou muitos casos e, claro, pagando a conta. Infelizmente neste quesito do “dançar conforme a música”, ainda deparamos com pessoas ignorantes que estão se recusando a tomar a vacina (com mais precisão a segunda dose) e não permitindo assim que as coisas se resolvam.

No Blog DOANDO VIDA de Luiz Eduardo Pirollo, encontramos uma contribuição para a nossa reflexão: “Na vida é preciso dançar conforme a música. Temos que agir conforme a conveniência do momento. Devemos adaptar-nos a uma situação eminente. Neste caso, dançar é o mesmo que estar em sintonia com o nosso interior e exterior, é acertar o passo com a vida, agir não tentando nos opor aos objetivos e sentimentos. Diz o ditado português que precisamos aprender a dançar conforme a música, neste caso significa que devemos nos adaptar às situações adversas da vida, agir conforme a exigência do momento, pois existem momentos que nada adianta nadar contra a correnteza”.

Vamos aqui dar uma força para quem tem esta dificuldade de atualizar. De inicio a nosso pedido de compreensão dos mais novos que conseguem tirar de letra as novidades. As pessoas mais velhas gastam certo tempo para adaptação. Quanto aos que estão penando com as novas danças, literalmente falando, aqui vai o nosso conselho: Esforce-se por modernizar-se. Fácil não será, mas não impossível. Pense que muitos outros iguais a você conseguiu, certamente você conseguirá também. Uma vez se adaptando verá que foi necessária a modernização. As novas criações passaram a existir para deixar a vida mais cômoda. Quanto aos comportamentos, eles também passaram por transformações e não convém sofrer por causa disto. Nesta adaptação da nova dança, se o seu ritmo estiver um pouquinho descompassado, tem problema não. Não pode é deixar de dançar!

E assim encerramos mais um tema! É impossível delinear todas as adaptações necessárias. Notaram que até mesmo a Bíblia, o livro sagrado e mais respeitado do mundo, também passou por adaptações para ser útil ao mundo atual? E assim vamos que vamos! Às vezes quebrar paradigmas assusta, mas proporciona adrenalina. Que vivamos então o novo com toda a experiência e sabedoria adquirida no velho!

Fonte: CLIENT