05 de maio de 2024 às 07:48
BÊNÇÃOS PARA O TRABALHADOR!
Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada no dia 05 de maio de 2024 no Programa Show de Domingo por Evaldo Carvalho.

Sob a intercessão de São José,
celebrou-se nesta semana o dia do trabalho, mais precisamente, o dia do
trabalhador, personagem principal para a manutenção da sociedade. Algumas vezes
não valorizados e mal remunerados, por outro lado alguns se saindo muito bem. O
dia do trabalho nos convida a uma reflexão que contemplará ângulos positivos e
negativos do tema.
Trata-se de uma via de mão
dupla... o trabalhador precisa da sociedade e a sociedade precisa do
trabalhador. O interessante é que as pessoas possuem aptidões diferenciadas,
completando assim as necessidades coletivas. Aqueles que optam por não fazer
nada, acabam sendo rotulados de vagabundos, claro que extraindo os aposentados,
crianças, encostados ou os que não trabalham por quaisquer motivos alheios à
sua vontade. Quem se veste, alimenta, bebe, enfim, vive prazerosamente sem
oferecer nada em troca, está furando o olho de quem acorda cedo e vai para o
batente. Normalmente eles são os alvos da policia numa abordagem, mesmo sendo
inocentes. Não se trata de preconceito, tão somente justiça. Nas tribos
indígenas, todos os membros tinham suas funções, eles compreendiam que a harmonia
dependia do envolvimento de todos, sem distinção. Acontece que a nossa
sociedade é muito carregada de "mimimi" influenciando nas
responsabilidades quando o assunto é trabalho e contribuição social.
Há uma queixa muito grande dos
que ganham pouco e trabalham muito em cima dos que enriqueceram com menos carga
horária. A bem da verdade, todas as condições são oferecidas a todas as
pessoas. Antigamente havia o quesito herança que proporcionava ricos sem
esforços, mas hoje existem muitos que subiram na vida com o suor do rosto e
muito estudo. A educação é oferecida gratuitamente a todos e ela tem o poder de
derrubar as desigualdades sociais. O problema é que muitos estudantes fecham os
olhos para o futuro e preferem viver os prazeres do momento com os seus
celulares, jogos eletrônicos, ociosidade, baladas e por aí vai. Quando acordam
para a vida, costuma ser tarde demais e diante da falta de capacitação, precisa
se satisfazer com subempregos com baixos salários. Infelizmente a realidade é
essa. Veja que criaram condições para facilitar os estudos de todos com
universidades federais gratuitas próximas com fácil acesso, ônibus para
locomoção, bolsas de estudo, etc. Só não estuda quem não quer, afinal de
contas, o futuro está logo aí na frente com muitas áreas aguardando quem chegar
nelas capacitados. Já dizia Helgir Girodo: "Nenhum homem é bem-sucedido se
não for trabalhador, criativo e comunicativo e, acima de tudo, cooperador"
Também é normal julgar o valor
do salário que não corresponde ao que recomenda a constituição, mas,
convenhamos, se ele fosse de um valor considerável, acarretaria desemprego,
inflação e elevação dos produtos, mas é possível ganhar mais que um salário
quando se tem profissionalismo. Em uma sociedade entupida de bons profissionais
não teria espaço para a bandidagem, miséria, vagabundagem, enfim, problemas
sociais. Que o diga os países de primeiro mundo onde todos recebem muito bem,
consomem produtos de qualidade e, ao pagar impostos proporciona uma nação rica
e conceituada. Por outro lado, cidades de regiões pobres onde os cidadãos não
possuem dinheiro sequer para gastar com suas necessidades básicas, nem o
governo conseguirá prosperar.
Mesmo que movimentos
socialistas queiram defender suas teorias de sociedade ideal, não tem como
negar a atual dependência capitalista. Qualquer saída na porta com direção à
rua, faz-se necessário ter um trocado no bolso. Como o dinheiro em espécie está
com os dias contados, o consumo é pago pelos cartões, pix ou outros modos, mas a
sobrevivência está, infelizmente, resumida a isso. Assim, para se ter dinheiro,
haja vista ele não cair do céu e nem brotar no jardim, a necessidade de se
trabalhar. O trabalho, mais do que o principal recurso para garantir o nosso
sustento, nos faz úteis, com mentes ocupadas, longe de problemas relacionados à
solidão, próximos às pessoas, fortes, saudáveis, enfim nos faz gente. O temor
do desemprego é muito semelhante ao de uma doença incurável. Desta forma
enxergamos a necessidade de valorizá-lo, dedicar-se muito e querer aprender
cada vez mais para crescer sempre.
Para que todo trabalho seja
abençoado, um bom caminho seria o repasse do dízimo. A igreja, que tem o
propósito de nos conduzir para o caminho do bem e de Deus, também tem gastos e
necessita da nossa contribuição. Diríamos que, agindo assim, o salário que pode
não ser dos melhores, consegue nos satisfazer mais do que o normal diante de um
gesto tão simples. A prática da caridade também é um artificio que muito ajuda na
valorização do nosso dinheiro. Deus vê com bons olhos aquilo que poderia nos
destruir e agora se torna caminho de bençãos. Quando os rendimentos são ungidos,
até mesmo trabalho fica menos penoso.
Um fator precisa ser levado em
consideração, a modernidade proporcionou menos esforços em todas as atividades.
Os trabalhadores do passado penavam muito mais. Hoje, maquinários,
computadores, veículos, ferramentas diferenciadas, dentre outros, aliviam um
pouco a carga bruta. Para isso, faz-se necessário uma modernização do
trabalhador para poder usufruir destas novidades, aqueles que pararam no tempo
continuarão sendo penalizados pelos baixos salários, trabalhos pesados e
sacrificados ofícios.
Para concluir, adotemos os dizeres de Tainã
Felipe Cerny: "Não importa a função, nem salário, nem a empresa em que
trabalha, todo emprego é digno e todo trabalhador merece conquistar seus
maiores sonhos". O trabalhador é abençoado por Deus por criar condições de
sustento da sua família. A ética e a moral são virtudes importantes para que as
pessoas possam conduzir os seus empregos com dignidade, honra, amor e
dedicação. Que sob a intercessão de São José, todos os trabalhadores sejam abençoados
sempre!"
Fonte: CLIENT