Este foi um dos temas desta semana da família. As redes sociais precisam ser nossas amigas. Quem sabe seria a concretização daquele velho dito popular: "Se não consegue derrotá-lo, una-se a ele". Por diversas vezes este recurso da modernidade era visto como vilão, mas quando percebemos que ele pode estar do nosso lado, começamos a enxergar as coisas de maneira diferenciada.

Para início de conversa, vamos entender um pouco como tudo isso começou. As redes sociais são filhas do tempo moderno que tem como pai os computadores e a internet. Uma expressão que eu acho muito interessante é a seguinte: "Os computadores surgiram para resolver problemas que antes não existiam". Hoje vivemos numa dependência fortíssima destes mecanismos modernos, incluindo as redes sociais. Mesmo com tantos pontos negativos e positivos elas passaram a fazer parte do nosso cotidiano. Do lado ruim destacamos a invasão de privacidade, as Fake News, a exposição exagerada das particularidades, a sensação de possuir muitos amigos, que a bem da verdade não passam de seguidores, alguns desses até muito bisbilhoteiros, a destruição das famílias, dos relacionamentos, o afastamento dos temas religiosos, a comodidade seguida de uma pobreza enorme de cultura e conteúdos desnecessários a uma vida de qualidade e por aí vai. Diríamos que pelo lado positivo temos tudo isso, só que invertendo os papéis. Notaram então que elas podem ser nossas amigas? Vai depender apenas da maneira como as usamos.

Ao citar os amigos virtuais, ressaltamos que amigo de verdade é aquele a que abraçamos, olhamos nos olhos, conversamos, recebemos seus conselhos, passamos-lhes os nossos, enfim, são nossas verdadeiras companhias e amparo. Aquelas curtidas que vem logo após as postagens são meras reações de visualizações, o que não significa que você esteja bombando em simpatia nos seus conteúdos. A quantidade de gente falsa do outro lado é coisa de louco. O verdadeiro amigo é aquele que não precisa das suas demonstrações, o seu silêncio já será muito bem compreendido.

Um bonito papel das redes sociais é expor uma nova maneira de comunicação, fundamentalmente à distância. Em um mundo tão corrido como o nosso, os celulares ajudaram de maneira eficiente os amigos conversarem, bem como os pais, irmãos e parentes. As empresas conseguiram um jeito prático de comunicar com todos a partir de uma única postagem e os filhos que estavam morando muito longe, se aproximaram de uma forma real pela virtualidade.

Aprendemos assim que aquele ditado popular muito contribui para a nossa reflexão: "Cautela e caldo de galinha não fazem mal para ninguém". Saber utilizar com sabedoria as redes sociais te fará capaz de entender a modernidade para te deixar cada vez mais interagido com a tecnologia num mundo globalizado.

Não faz muito tempo o planeta foi sobressaltado com a famigerada pandemia do Covid 19 que causou enormes danos no mundo inteiro. Por causa dela, as pessoas precisaram ficar confinadas e as depressões, medos e desesperos começaram a se fazer presentes. Graças às redes socias, o mundo, que parecia ter chegando ao fim, via uma luz no fim do túnel quando puderam conversar e ver os amigos, parentes e colegas de trabalho e escola virtualmente. A internet permitiu que houvesse o trabalho home office, as missas e cultos, as aulas, os shows dos mais diversos cantores e bandas, enfim, a vida parecia continuar existindo mesmo que fosse pelos bastidores. Ao mesmo tempo que o delivery sobre todo tipo de mercadoria se intensificou, a evangelização também ganhou campo com o evangelho chegando logo cedo seguido de comentários e orações, encontros religiosos virtuais, ensinamentos, dentre outros.

Segundo o blog rdstatiom.com, no ano passado (2023) o ranking brasileiro das redes sociais era o seguinte: em primeiro lugar o WhatsApp com 169 milhões de usuários, o YouTube com 142 milhões, o Instagram com 113 milhões, o Facebook com 109 milhões, o TikTok com 82 milhões, o Linkedin com 63 milhões, o Messenger com 62 milhões, o Kwai com 48 milhões, o Pinterest com 28 milhões e o Twitter (atual "X") com 23 milhões. Mais de 85% das empresas atuam nas redes sociais. Virou de fato uma febre! E pensar que que este tipo de ferramenta de comunicação é bem recente, deixa a gente até impressionado. Para se ter uma ideia o Orkut que se transformou em Facebook começou suas atividades no ano de 2004, o WhatsApp em 2009 e o TikTok em 2014.

O escritor Guga Nascimento radicaliza bem quando lhe perguntam sobre a sua simpatia com o mundo virtual, assim ele desabafa: "Eu não vivo nesse mundo bonito que é as redes sociais. Podem me chamar de careta, mas eu continuo achando que vocês são superficiais. Não me aprofundo nesse mar bonito que vocês chamam de redes sociais. A concepção de rede social pra mim seria um lugar aonde cada pessoa deveriam ser aquilo que é em sua vida real. Mas é tudo fantasia, ilusão de felicidade, um paraíso de máscaras. Sim, utilizo de alguma rede social, mas só pra contactar um ou outro amigo, mas nada que eu dependa. Podem me chamar de careta, isso não mudará a minha opinião sobre vocês; superficiais".

Chegamos a mais um final, hoje colocando em pauta, as REDES SOCIAIS. Com o avançar dos tempos, uma coisa é certa, precisamos nos modernizar para não perder o bonde da história. Ao invés de criticar e procurar pontos negativos, revertamos a situação e joguemos tudo em nosso favor. Fazer das redes sociais nossas amigas, seria mostrar que quem domina a máquina somos nós e não o contrário. Uma vez tendo este controle, perceberemos que aquilo que poderia nos prejudicar, torna-se nossa parceira e amiga. 

Fonte: CLIENT