29 de dezembro de 2024 às 07:49
ANO VELHO QUE VAI... ANO NOVO QUE VEM!
Crônica de Elias Daniel de Oliveira, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no dia 29 de dezembro de 2024 no Programa Show de Domingo
Chegamos a mais um final de ano!
E como passou rápido! Alguns meses pareceram durar uma semana e certos dias,
horas. Há uma impressão que a terra esteja rodando mais rápido ou talvez seja o
nosso excesso de ocupações. Pois bem, ano novo chegando e aquele antigo convite
a novos projetos.
Em 2024 completou-se dois anos
do fim da epidemia do Corona Vírus e as sequelas continuaram. Dissemos fim,
mas, infelizmente, muitos casos continuam sendo registrados com consequências
menos agressivas ou mais fortes em pacientes mais vulneráveis. Outros fatores
também marcaram diferença na nova maneira de viver, dentre elas a convivência
com a tecnologia, as compras à distância e os Fastfood. Chego a acreditar que
esta nova rotina muito contribuiu para a aceleração dos tempos. Todo mundo tem
o hábito de antecipar ou planejar o amanhã para evitar erros e acaba por
esquecer de viver o presente. Percebam que o tempo vivido pelas crianças é mais
lento, até mesmo porque elas não precisam se preocupar com o futuro, tão
somente, viver o momento atual. Mas, não seria um defeito dos adultos este
envolvimento com o que há de vir, mas, organização. O trem da história não dá
trégua pra ninguém e se não ficar antenado nos detalhes e conseguir
acompanhá-lo, correrá o risco de ficar sem rumo. Esta máxima serve para a
aprimoração em todas as profissões, bem como para o viver de maneira geral.
O término de um ano ou o mesmo
de um dia, tem a mesma aparência! Quando os inúmeros textos de mensagens deste
período vêm nos sugerir revisões e projetos, ficamos atinados e às vezes
preocupados com aquela sensação de despedida e acolhimento do novo que está
para chegar. Mas, todos hão de convir que todos os dias precisamos passar pelo
mesmo processo, para tal, sugerimos a noite – tema que há muito tempo tratamos
em uma de nossas crônicas – que é carregada de energia suficiente para nos
fazer pensar. Com o apagar das luzes, a nossa mente descansa e por si só já faz
a tão falada revisão que acontece quando você está acordado, bem como depois
que dorme, por intermédio dos sonhos. Ela também tem o poder de te ajudar fazer
planos para o dia seguinte com propriedade e certezas. Se vivermos o ano novo,
conforme vivemos o dia, os sucessos serão certos. Isto se justifica no fato de
que temos um cuidado muito grande com o que fazemos no período menor e se
aplicarmos da mesma forma no maior, a sabedoria vai tomar conta e os problemas
serão amenizados e menos torturantes.
Outra crônica que já
trabalhamos, foi sobre parecermos atores de uma trama, o tema foi: "A NOVELA DE
MINHA VIDA". Nela comentamos que vivemos momentos diferentes em épocas
diversas, seria como se participássemos de vários títulos sendo nós os
protagonistas. Muitos colegas da produção se foram, outros virão e ainda
aqueles que permaneceram, dentre os constantes, a família. Fizemos parte da trama 2024 e agora estamos
convocados para ser o personagem principal mais uma vez em 2025. O diretor
principal é Deus, mas ele dá o livre arbítrio de alterar o que achar necessário,
só não é possível mudar a atuação do resto da equipe, talvez uma adaptação,
aceitação ou compreensão. A vida é semelhante a um caderno com páginas em
branco, escreva nele você para não dar chances de alguém utilizar estas páginas
contra você. O escritor Luciano de Crescenzo já dizia: "Somos todos anjos de
uma asa só; e só podemos voar quando abraçados uns aos outros". Esta sabedoria
serve para mostrar que não há a mínima possibilidade de encarar o ano novo
senão for pela união, harmonia, parceria e companheirismo, isso fecha o que
sempre dissemos quanto à convivência mútua.
Sobre as pendências que ficaram
por resolver, o melhor caminho é agir normalmente! É extremamente impossível
chegar lisinho e sem nenhuma pendenga no ano novo, o bom é que você tem mais
365 dias para trabalhar o assunto, talvez seja interessante não ficar
postergando situações que podem ser sanadas hoje até mesmo porque, o tempo voa!
Santo Agostinho, um filósofo e doutor da igreja defende muito esta causa,
segundo ele, "não existem três tempos – passado, presente e futuro –, mas
somente três presentes: o presente do passado, o presente do presente e o
presente do futuro". Precisamos viver
cada instante como se ele fosse o último. Não faz sentido enxergar 2025 ou até
mesmo o 2026 como se estivesse muito distante. O sábio é aquele que dobra o ano
como se estivesse dobrando o dia.
Uma antiga musiquinha de
Lamartine Babo, gravada por João Dias em 1951, acompanhava os réveillons do
passado, talvez até hoje ainda, mas antigamente parecia fazer mais sentido, era
aquela: "Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai
nascer, muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender". Comentei que
atualmente ela parece desatualizada, porque os tempos mudaram e como os anos
estão muito rápidos, parecemos esgotar menos. No passado cansávamos de
escrevê-lo nas cartas, notas e por aí vai, na segunda metade de dezembro já
estávamos ansiosos para utilizar a nova data, hoje, contudo, ele parece
recente, não dá a ideia de velho, embora o novo já esteja batendo na porta.
Para enriquecer o nosso tema,
utilizemos a fala de Liddy Viana: "Bem-vindo ao ano que está chegando.... Que
chegue de mansinho, sereno, cheio de Paz. Que caminhemos em sintonia com Deus,
segurando em sua mão a cada passo. Que seja o ano do AMOR! Amor ao próximo sem
medidas. Que seja de união, paz, humildade, fraternidade e afetos. Que o novo
ano nos traga: SAÚDE em primeiro lugar, para a busca das demais coisas, AMOR
para aquecer o coração, SAÚDE para leveza da alma, DEUS para nos guiar, amparar
e cuidar".
Chegamos a mais um final! Ao dar tchau para o ano velho e boas-vindas ao novo, assumamos o propósito de vivê-lo em plenitude como sempre fizemos. Que possamos nos empenhar de não cometer os mesmos erros, bem como pedir sabedoria a Deus para ajudar resolver os percalços que porventura possam vir. Enfim, peçamos o livramento e a graça para nunca titubear nos momentos difíceis.
Fonte: CLIENT