14 de setembro de 2025 às 07:50

ALFABETIZANDO PARA A VIDA!

Crônica de ELIAS DANIEL DE OLIVEIRA, lida e interpretada por Evaldo Carvalho no programa SHOW DE DOMINGO do dia 14 de setembro de 2025.

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Crédito:Portal Contexto

No último 08 de setembro, celebrou-se o DIA MUNDIAL DA ALFABETIZAÇÃO. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para destacar a importância da alfabetização na sociedade. Mais que empoderamento, saber ler e escrever é quase uma situação de sobrevivência. Este tema norteará a nossa reflexão de hoje!

Lá no passado, diante das dificuldades, poucas pessoas iam à escola. O número de analfabetos era exorbitante, alguns, talvez, aprendiam extremamente o básico, mas a maioria optava por trabalhar a ir estudar. Existam pais que enviavam os seus filhos para o seminário para estudar para padre, no fundo, desejavam proporcionar-lhes o conhecimento de maneira gratuita. Nas famílias mais abastardas, os estudos eram comuns. Um fator precisa ser levado em consideração, o ensino primário, conhecido hoje por "Fundamental 1", era de uma qualidade incrível. Pessoas que fizeram apenas até a antiga quarta série, adquiriram conhecimento muito semelhante à um curso completo e muito bem feito de 3º ano do Ensino Médio. Com a chegada do período militar, uma preocupação veio junto, o alto índice de analfabetos. Nesta ocasião o governo criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) que durou de 1967 a 1985. O objetivo era erradicar o analfabetismo no país, especialmente entre os adultos. O programa foi de muito sucesso, houve uma reeducação escolar em massa no Brasil, logicamente, seguido de muitas críticas que envolvia eficácia, custos elevados e desvio do foco original. O projeto foi substituído pela Fundação EDUCAR e mais tarde pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) que funciona até nos dias de hoje. Modelos como estes ultrapassam o quesito ler, escrever e fazer contas, mas oferece também a possibilidade de acesso à informação que impacta na sua socialização.

Ainda hoje é possível sair da condição de analfabeto ou semianalfabetismo! Em Bom Sucesso a Escola Estadual Benjamim Guimarães oferece a EJA para quem não teve a oportunidade de estudar. Não é vergonha nenhuma, é sabido que no passado era realmente difícil ir para a escola, mas chance como esta não se pode desperdiçar. Este formato de ensino é totalmente adaptado à nova realidade. Os próprios colegas incentivam um ao outro e a formatura é um momento gratificante de recuperação de um tempo perdido. Temos muitos exemplos de alunos que participaram da EJA e logo após teve vitórias em concursos públicos, cursos técnicos e superiores. Nunca é tarde para recomeçar!

A arte de alfabetizar é impressionante! Que o diga os pais de crianças pequenas! Aquela alegria contagiante da convivência quando entra para a escola pela primeira vez, o desenvolvimento intelectual, os primeiros desenhos, a familiarização com as letrinhas e de repente o dom da leitura! O inicio é carregado de tropeços, gagueiras e tentativas, mas a prática proporciona um sucesso incrível. As professoras alfabetizadoras parecem anjos ao mostrar para as crianças as suas capacidades, que uma vez aptas, emponderam e se acham em condições de entender um pouco mais o segredo da inteligência dos adultos. Como é bonito vê-las lendo todas as placas pela rua, tentando decifrar enigmas, fazendo pequenas contas, oferecendo opiniões, indagando dúvidas e se mostrando capazes.

Paralelamente, o processo de ensino-aprendizagem no momento disputa com os computadores. É comum ver crianças com dificuldade de leitura e matemática, dominando pouco também as outras áreas e com vasta habilidade nos jogos eletrônicos. Elas avançam a madrugada trancadas em seus quartos jogando sem ou com a permissão dos pais. No dia seguinte a atenção nas aulas fica a desejar e concomitantemente um retardamento no seu desenvolvimento intelectual. A disciplina destes filhos precisa ser trabalhada dentro de casa. É inadmissível elas comandarem e ditarem as regras, certamente serão surpreendidas no futuro. A sociedade não perdoa, cobra caro de quem chega despreparado na fase adulta e sem os mais diversos conhecimentos. Tudo bem que a internet possui suas qualidades que muito auxilia em todos os setores, mas, antes de tudo, o seu usuário precisa saber ler e escrever com eficiência. Bill Gates já dizia: "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história".

Normalmente o alfabetizado desperta muito o interesse por leituras, inclusive de livros. Nota-se que é possível descobrir um mundo diferente com esta prática. Uma frase bem interessante vista numa biblioteca, cujo autor desconheço, enriquece o que estamos nos referindo: "Os livros não mudam o mundo, os livros mudam as pessoas, as pessoas mudam o mundo". Quem lê compreende os mistérios da vida e muito mais que isso, prospera, evolui e usufrui de um bem estar social. A sua capacidade faz com que o mundo se incline em seu favor, repassando-lhe todos os méritos. Em contrapartida, a falta de conhecimento ou mais precisamente o analfabetismo, limita muito a socialização da pessoa. Não estamos sendo preconceituosos ou tirando a condição de cidadania de quem não sabe ler e escrever, mas percebe-se que eles próprios se sentem excluídos, fundamentalmente na hora de assinar algum documento ou se inteirar de um oficio ou receita importante. 

O site pensador.com, comenta que "A alfabetização é a chave que abre portas para novos mundos e infinitas possibilidades. Ela nos permite ler e interpretar o universo ao nosso redor, transformando a nossa visão e compreensão da vida". Também brilha o escritor Beendito Morais de Carvalho com sua fala: "A alfabetização liberta a mente e transforma vidas".

Chegamos a mais um final! Hoje tratando do tema ALFABETIZAÇÃO. Saber ler e escrever é uma dádiva! Infelizmente, perto de nós, ainda tem muita gente de idade que não se intimidaram com as letras e ficam envergonhadas de assumir o seu analfabetismo. Cabe a nós não a excluí-la, entendê-la e se possível, ensiná-la da forma que pudermos, melhor ainda se puder conduzi-la a um curso apropriado para que a caridade seja mais bem feita. 

Fonte: CLIENT

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