29 de junho de 2025 às 07:53

AGRADEÇA MAIS, RECLAME MENOS!

Crônica lida e interpretada por Evaldo Carvalho no programa Show de Domingo do dia 29 de junho de 2025.

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Crédito:portal.trt23.jus.br/

Talvez seja normal o ser humano reclamar muito e elogiar menos, contudo, não poderia ser assim. Este pessimismo ou rancor deixa o ambiente pesado e chato, enquanto que o otimismo, alegria, satisfação e positivismo proporcionam leveza e mente aberta para a resolução dos possíveis problemas. Este tema norteará a nossa reflexão de hoje.

Tem gente que vê problema em tudo, são pessoas que não conseguem viver sem reclamar. Nada presta para elas, até os momentos perfeitos são questionáveis. Esta intransigência parece uma doença, até mesmo a felicidade alheia, lhes incomoda. Encontrar problemas onde não existe, ultrapassa o ceticismo filosófico - expressão que significa: não acreditar na verdade em nenhuma hipótese – chegando ao extremismo. Por incrível que pareça, o semblante destes ranzinzas são muito expressivos, normalmente fechados e sem nenhuma simpatia. Com certeza a turma do contra dirá que estamos sendo muito convictos de que a sociedade é perfeita e não abre margem para erros, mas, sabemos que não é bem assim, na verdade problemas existem e eles somente serão sanados com o uso da inteligência, da paciência, sabedoria e nunca com as críticas. Tudo neste mundo tem solução, com exceção da morte, o problema se encontra no fato de que os reclamões nunca apresentam caminhos ou sugestão para resolução, o prazer deles é sempre detonar. Já notaram que os de bem incomodam este tipo de gente? Faz lembrar a história do vagalume e a cobra que o perseguia, quando indagada qual seria o motivo da perseguição não fazendo ele parte da sua cadeia alimentar, ela desabafa: é porque você brilha e o seu brilho me incomoda. Os pessimistas são terríveis, eles veem o mundo como um lugar ruim de viver, mas se esquecem que eles também ajudaram a construir o seu ambiente, assim, se está ruim, também possuem culpa. Prefiro firmar naquele pensamento, cujo autor desconheço: "O mundo é dos otimistas, os pessimistas são meros expectadores".

O escritor Marcos Roberto Santos já dizia: "Por trás de tantas reclamações existe tanta energia negativa que impede a alma de ser feliz. Cega as pessoas da beleza que está à sua frente, as ensurdece dos sons mais lindos que existem, e as calam de proferir palavras agradáveis". Esta cegueira é impressionante, os reclamões parecem não enxergar o mundo de maneira positiva e isto os deixam intransigentes e desagradáveis, o motivo é simples, por mais problemas que possam existir, algo de bom pode ser encontrado e por que o lado ruim precisa prevalecer? Tudo bem que um tomate podre pode zangar todo o cesto, mas uma vez ele retirado, a vida segue normal. O reclamão é aquele que enaltece o tomate estragado e ignora a bondade de todo o resto. A vida não pode ser desta forma, se algo hoje não estiver bom, não significa que amanhã também será assim.

O reclamão é invejoso, ambicioso e nunca está satisfeito com o que tem, sempre quer mais e mais, contudo, sua prepotência não o permite crescer, evoluir ou adquirir aquilo que tanto almeja. A bem da verdade, ele não tem nem amor próprio, eu chego achar que ele foi o espermatozoide rebelde que não deveria entrar no óvulo, mas foi fominha e correu na frente, mas quando entrou, chegou reclamando. Para todos os efeitos, continuou na sua missão e mesmo incomodado, veio ao nascimento e como se não fosse diferente, deu aquela primeira chorada em que a mãe e o médico acharam ser a maior normalidade do mundo, mas não, a sociedade estava acabando de receber um ser que já chegou revoltado. Estranho que a revolta prosperou e o cidadão continuou a existir, mas nunca quis ceder ou mostrar algum momento de simpatia. Ficou meio hilário a comparação, mas ninguém pode negar que esta parece a verdadeira história dos ranzinzas de plantão.

A banda The Flanders tem uma música bem bacana que mostra exatamente o que precisamos para enriquecer o nosso tema, ela se chama JOÃO, O RECLAMÃO e conta a história de um personagem que só sabia reclamar, assim o intérprete cantava: "João, João, João reclamão. A vida lhe parece, às vezes meio engraçada. Se João tem muita coisa, Pedro sei que não tem nada. Mesmo assim nunca reclama, e sempre diz: tá tudo bom. Enquanto João vai reclamando de tudo que tem, quando ganhou uma motoca quis trocar por um carrão, recebeu o automóvel, mas queria um busão. Se o busão ele ganhasse pediria um avião, só para dar uma voltinha esse "João o reclamão". Não estava satisfeito com nada, sempre chorava e partia pra porrada só para ter o que era seu e o que era dos outros também reputado e reclamava de tudo não trabalhava e não queria ter estudo, mas chegaria o dia em que ele entraria bem". São muitos os Joãos reclamões que encontramos por todos os lados. Eles sentem-se prazer em reclamar e acham o absurdo a calmaria dos oponentes. Bom seria que eles percebessem que os seus rancores em nada contribuem para o bem-estar social, muito pelo contrário, causam tristeza e afugentam as pessoas de bem. Não que elas tenham medo dele, mas acreditam que um discurso a mais proporcionaria uma terceira guerra mundial.

Como é difícil para os casais, quando um defende uma parte e outro, a outra. Mais parece o encontro de dois imãs com forças negativas. Veja que estranho, o Renato Aragão, o famoso DIDI dos Trapalhões, era rancoroso e enjoado, atente-se ao que ele disse: "Eu sou o cara mais mal-humorado do mundo. Sou tímido, chato e ranzinza. Não gosto que me achem engraçado na rua. As pessoas olham para mim, começam a rir e eu fico furioso". Tudo é muito pessoal, ninguém parece com ninguém, a vida é exatamente aquilo que montamos e fazemos dela.

Chegamos a mais um final, hoje alfinetando os reclamões de plantão, a vida é muito boa para ser vivida e não abre espaço para aqueles que muito falam, mas reclamam e se aborrecem por nada. Que sintamos os prazeres da vida e façamos do nosso ambiente um lugar bem legar para se viver! Mais que lamuriar, precisamos é ser gratos a Deus por cada momento em que estamos vivos e convivemos uns com os outros. 

Fonte: CLIENT

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