11 de setembro de 2022 às 07:49

A VIDA É A MELHOR ESCOLHA!

Crônica de Elias Daniel de Oliveira lida e interpretada por Evaldo Carvalho no Programa Show de Domingo do dia 11 de setembro de 2022 em função do SETEMBRO AMARELO.

Dedica-se esse mês à conscientização de prevenção ao suicídio. O setembro Amarelo tem seu pico no dia 10 e levando em consideração a importância do tema, o quadro Crônicas vai propor uma reflexão com o objetivo de amenizar o pensamento de quem precisa de um apoio e pensa por fim na sua vida.

Na verdade, trata-se de um assunto polêmico! A questão é que todas as pessoas possuem livre arbítrio. Esta liberdade, mesmo sendo limitada, está preservada pela constituição brasileira. Quando uma pessoa opta por dar fim à sua vida, poderia ser respeitada por isto, mas muitos fatores se atrelam a este e é bem sabido que, no fundo, o suicida desejaria outra coisa. A morte sempre foi assustadora em todos os seus sentidos, muito mais ainda quando provocada. Desde o nascimento, a pessoa tende a viver intensamente até no momento em que chegar ao seu final de maneira natural, o aceleramento produz muitas discussões, tanto no plano espiritual como físico. É inegável o fato de tratar-se de uma doença. Uma pessoa em sã consciência não tomaria este rumo. Neste ponto precisamos muito conversar. Dentre tantos males, a que ocupa o primeiríssimo lugar é a depressão, ela é a principal responsável pelos suicídios. Segundo dados do site setembroamarelo.com, no Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, provocam sua própria morte. Segundo análises dos especialistas, as maiores taxas de suicídio estão nos lugares mais pobres, mesmo que os reais motivos não sejam necessariamente a falta de dinheiro.

"A vida é a melhor escolha" foi esse o tema escolhido para este ano de 2022 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) que desde 2014 organiza em território nacional a campanha do SETEMBRO AMARELO. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2019 registrou-se mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, este número pode passar de um milhão com os casos não notificados. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas se matam por dia. Emily Durkheim, pai da Sociologia, em sua obra que leva o nome de O SUICÍDIO, diz que a sociedade é a mais culpada por estes números. Se fizesse algo em prol destes desesperados, muitas famílias sofreriam muito menos.

O suicida normalmente vive na solidão. Ele é capaz de estar no meio de pessoas e não conseguir se interagir, o bloqueio criado por ele o impede de aproximar-se dos outros, no seu pensamento uma única vontade: a de morrer. Mas ninguém se mata de maneira tranquila como algo premeditado, tudo começa com inúmeros problemas que vão se acumulando chegando à conclusão que a única saída seria encerrar a própria vida. Só que a morte, ao invés de ser a solução, torna-se a intensificação daquilo que estava precisando de reparos. Todas as pessoas poderiam perceber que existe sempre um dia atrás do outro. Se algo hoje não está do jeito que gostaria, amanhã tudo poderá ser diferente. A galerinha do contra certamente deve estar dizendo que não é tão fácil assim! De fato, mas consideremos que viver em si não é fácil, todos os dias precisamos matar um leão para garantir a sobrevivência. Um dado estatístico interessante para tentar trabalhar a solução é o que foi apurado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo os especialistas, a média de idade dos suicidas que entraram nas estatísticas, variava de 15 e 29 anos. Percebe-se que é uma fase bem difícil onde o jovem sai do seu lado criança e ainda não chegou no adulto. Este período é carregado de cobranças, responsabilizações, dúvidas em todos os sentidos, como gênero, profissão, casamento, ideologia e por ai vai. A cabeça fica a mil e diante de tamanha pressão, muitos optam por desistir da corrida. A OMS comenta que todos os anos morrem mais pessoas vítimas do suicido do que com HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios. A morte forçada destes jovens foi considerada a quarta causa, depois de acidente de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

O suicida geralmente é egoísta, ele só pensa em si. Vivemos em um mundo onde o coletivo importa muito. A família, por exemplo, não pode ser colocada de lado. O sofrimento dos que ficam é algo que incomoda drasticamente por carregarem uma culpa que não é deles. É chato dizer, mas tem pessoas que têm fortes tendências ao suicídio. Algumas delas não apresentam motivos cabíveis, mas estranhamente herdam de parentes este desejo e acabam com suas vidas deixando perplexos os que ficaram. Para todos os efeitos, qualquer vontade de se matar significa que a pessoa está precisando de tratamento. Neste ponto cabe à família tomar as providências, isto porque, o candidato à morte acelerada nunca vai aceitar que precisa de ajuda, normalmente se acha autossuficiente e não acredita estar fazendo algo errado.

A vida vale muito! Aquela corrida dos espermatozoides em direção ao óvulo mostra o quanto é valioso. Você que tem pensamentos meio atrapalhados, reflita bastante, procure ajuda. Ninguém está neste mundo por acaso e com certeza você tem uma meta a cumprir. Não há tristeza que não se acabe, dívida que não seja paga, amor que não seja recuperado ou mudado, enfim, a média de vida do brasileiro está girando em torno de 80 anos, não é possível que o tempo não vai trabalhar em seu favor! A Associação Brasileira de Psiquiatria juntamente com o Conselho Federal de medicina chegou à conclusão que 98% dos casos de suicídio registrados estão associados com histórico de doenças mentais, que podem ser tratadas.

Pois bem! "Viver e não ter a vergonha de ser feliz... cantar e cantar e a beleza de ser um eterno aprendiz", assim cantava Gonzaguinha. Sejamos gratos a Deus pela vida! Ajudemos as pessoas que têm dificuldade de compreender esta questão e por fim, façamos deste mundo um bom lugar para se viver!

Fonte: CLIENT

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