11 de abril de 2021 às 08:14
A SOBREVIVÊNCIA PELO SORRISO
Crônica de Elias Daniel de Oliveira (11/04/2021)
O dia do humorista é celebrado
em 12 de abril. Esta comemoração foi instituída pela então presidente DILMA no
ano de 2012. Tratava-se de uma homenagem ao comediante e já falecido Chico
Anysio que fazia aniversário nesta data. Faz-se necessário muito talento para
fazer alguém rir com arte e exatamente
este tema abordará a nossa reflexão de hoje.
O saudoso Charles Chaplin, o
eterno CARLITOS já dizia que “um dia sem
um sorriso é um dia perdido”. Assim, diríamos que sorrir é algo
extremamente necessário para garantir a nossa sobrevivência. Uma pessoa
carrancuda assusta e carrega muita negatividade. Desta forma, os profissionais
do riso precisam muita desenvoltura para não cair no ridículo e conseguir
agradar. Não se trata simplesmente de contar uma piada, fazer algumas caretas
ou imitações para se mostrar competente, mas conseguir transmitir a sua
mensagem sem, contudo, ofender alguém com preconceitos e linguagens
inadequadas. O homenageado do dia, Chico
Anysio era um expert no assunto, nordestino que mudou para o Rio de Janeiro com
a família quando ele tinha sete anos de idade. No ano de 1950 tentou a carreira
de locutor de rádio e até que se saiu bem no teste, ficou em segundo lugar
perdendo apenas para o Sílvio Santos, o dono do SBT. Na Televisão entrou no ano
de 1957 e na Rede Globo em 1968, onde ficou até sua morte em 2012, se bem que a
emissora dos Marinhos já o tinha colocado na geladeira, onde ficou bastante
decepcionado. O seu humor se concentrava nas mãos dos seus 209 personagens que
iam desde um professor, a político, jogador de futebol, vampiro, coronel,
pastor, hippie, profeta, garçom, caipira, gay, ator, pai de santo, médium,
dentre outros. Tratava-se de um humor puro, simples e sem preconceito mesmo
quando abordava temas polêmicos. O seu campo começou a entrar em decadência com
a chegada dos novos humoristas que ganharam a graça das emissoras, mesmo que
não agradassem tanto o público.
Hoje o forte são os stand-up
que apresentam artistas do humor com os seus trejeitos para conseguir risadas
da plateia. Os não adeptos desta modalidade não conseguem rir das piadas e
acham que eles forçam demais. Outras tentativas de atrair risadas foram as
músicas, teatro, novelas, filmes e vários outros ramos que mais uma vez não
conseguiram o sucesso que no passado marcou, como o Mazzaropi, Jerry Lewis,
Carlitos, O Gordo e o Magro, dentre outros. Estes personagens faziam um humor
inocente, puro, brincalhão e sem agressões. Hoje se percebe uma apelação e a
dificuldade de conseguir manter acesa esta modalidade de arte. Programa como OS TRAPALHÕES era campeão de audiência
nos domingos à noite e hoje, mantendo-se ainda firme, podemos contar com A PRAÇA É NOSSA do SBT. Este programa
mantém-se firme por manter as suas raízes e trazer para o presente a nostalgia
do riso das épocas áureas da TV. Fora das telinhas precisamos lembrar os circos
que além de mostrar malabarismos, mágicas e outras atrações davam singular
atenção aos palhaços.
Por falar nisto lembro um caso
que desconheço o autor, de um palhaço que estava muito triste por causa de um
fato muito chato que aconteceu na vida dele, mas o circo estava lotado com
crianças e ele não poderia decepcioná-las. Desta forma, fez o show
maravilhosamente bem escondendo toda a sua tristeza. O escritor Eusder Oliveira
já dizia: “A forma de um palhaço esconder
a tristeza é fazendo alguém sorrir”. Pois é, vivemos uns pelos outros e é
muito interessante poder fazer alguém sorrir mesmo que você não encontre
motivos para isto. Que o digam os DOUTORES
DA ALEGRIA, aqueles artistas que entram em hospitais, fundamentalmente de
crianças para fazê-los sorrir, aumentar-lhes a autoestima e acelerar a
recuperação.
Na verdade, rir é bom de mais.
Quem pratica este hábito vive melhor, rejuvenesce e aumenta a longevidade, pois
movimenta a musculatura do rosto ajudando a manter a elasticidade da pele. Quem
sorri afugenta a depressão, o stress e as energias negativas, além de relaxar
em prol de uma qualidade de vida. É claro que estamos falando do sorriso
sincero, verdadeiro e natural. O sarcástico, falso e mentiroso é inconveniente
e joga por terra todos os propósitos do verdadeiro. Existem inúmeros caminhos para
que as pessoas possam procurar para dar uma boa risada, a começar pela
internet, redes sociais, TV, rádio ou mesmo com quem é divertido e consegue
esta proeza sem muito esforço. Bruna Martins já dizia: “Tem gente que chega para fazer o bem, que traz boas energias e
calmaria. Gente que chega para nos fazer dar boas risadas, que é capaz de mudar
o nosso dia. Gente que chega para ficar para sempre!”.
É isto! Aproveite cada instante
do seu dia e reserve sempre algum momento para a alegria. Sei que muitos dirão
que não conseguem, pois não estão acostumados, mas não custa tentar. É muito
interessante pessoas como o saudoso Padre Léo da Canção Nova e Comunidade
Betânia que fazia palestras e pregações maravilhosas falando de assuntos sérios
sempre com uma pitada de humor. Esta prática foi seguida pelo Pastor Cláudio
Duarte e por vários outros que encontraram excelentes resultados fazendo sorrir
o seu público. No dia do humorista não precisa ter nenhum feriado, comemorações
ou procissões, basta ser um dia para lembrar as pessoas que elas precisam
sorrir para deixar este mundo melhor.
Fonte: CLIENT