14 de novembro de 2021 às 08:04
A EXTINÇÃO DA HUMANIDADE
Crônica de Elias Daniel, lida e interpretada por Evaldo José no dia 145 de novembro de 2021

Uma eterna dúvida assola as
mentes acerca do fim do mundo. Como tudo nesta vida tem um princípio, meio e
fim, a nossa existência poderá se deparar com um encerramento definitivo? Terá
alguma semelhança com o que aconteceu com os dinossauros? O que a Bíblia diz a
respeito? A partir deste embasamento, guiaremos as reflexões da crônica de
hoje.
Um interessante vídeo foi
exibido nas redes sociais sobre um congresso mundial num plenário da ONU onde
chefes políticos e especialistas do mundo inteiro são sobressaltados com a
entrada no recinto de um dinossauro enorme que pede a palavra e deixa o seu
recado. Nos seus dizeres ele comentava que a dizimação da sua espécie teria
acontecido por causa de um meteoro, mas que a humanidade de hoje está
procurando com as próprias mãos a sua extinção. Trata-se de uma propaganda da
ONU para chamar a atenção quanto à degradação do meio ambiente, às culturas de
desvalorização à raça humana, o desrespeito com as pessoas, as guerras
químicas, biológicas e armamentistas e por que não dizer esta briga horrorosa
pelo poder, onde nações criam vírus para aproveitar-se da situação. Mas, o
mundo um dia de fato poderá acabar? Pode até ser que sim, mas como o ser humano
é finito, poderá não assistir a finalização da humanidade no momento em que
fizer alguma coisa para que ela prospere. O homem tem todas as ferramentas
necessárias para adiar o fim dos tempos, mas se recusa a usar. Por qual motivo
não aproveita os bilhões gastos com a procura do poder para controlar a fome
dos países pobres? Por que não reverte o dinheiro gastos com armas em saúde,
educação e saneamento? Já está mais que provado a necessidade de se importar
com o meio ambiente e as causas sociais em prol da sobrevivência humana. E
continuo a não entender a dificuldade de considerar esta questão.
O evangelho deste final de
semana apresenta um contribuição para o tema, assim disse Jesus aos seus
discípulos: “Naqueles dias, depois de
grande tribulação, o sol vai se escurecer e a lua não brilhará mais, as estrelas
começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho
do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos
quatro cantos da terá e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra
da terra. Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes
e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também,
quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está
próximo, às portas. Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo
isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.
Quanto à hora e dia, ninguém sabe, nem os anjos do céu, bem o Filho de Deus,
somente o Pai do Céu é que sabe” (Mc 13,24-32). Vejam que esta preocupação com a humanidade
é antiga, muitos profetas tocaram no assunto e aqui pelo evangelista Marcos,
Jesus. Os incrédulos poderão dizer que já se passaram tantos anos e o fim não
chegou, embora o texto bíblico tenha dado a impressão que não demoraria. Neste
ponto convém a atentar a dois detalhes, um deles no final da leitura, onde
ficou bastante claro: “Quanto à
hora e dia, ninguém sabe, nem os anjos do céu, bem o Filho de Deus, somente o
Pai do Céu é que sabe”, outro fator é que Deus é misericordioso e por
incrível que pareça, acredita no homem e torce por suas mudanças de postura.
Ninguém pode negar que estas tribulações citadas de maneira poética aconteceram
e acontecem nos nossos dias. Percebam que a cada ano, doenças novas surgem
fazendo o mundo acabar pra muita gente, temos também a tribulação da fome, do
desemprego, da violência, da ganância, da corrupção e por ai vai. Tudo leva a
crer que a dizimação humana poderá acontecer por causa do desamor, pela pouca
importância com as causas ambientais, por permitir evoluir a desigualdade
social e por achar que Deus não existe.
Preste atenção nestas curtas e
belas palavras da escritora Cecília Meireles em uma de suas obras: “O mundo vai acabar e certamente saberemos
qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e
outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros e tão hipócritas, tão falsos e tão
leais. Por que pensamos só em nós mesmos ou só nos outros”. Somos todos
moradores de uma sociedade tribal onde faz-se necessária a boa convivência para
o bem comum. No momento em que as pessoas puder cuidar uma das outras, com toda
certeza assistiremos a um fim menos penoso. São Paulo falava muito sobre a fé e
obras, ou seja, além do quesito oração, o ser humano precisa se importar em
ajudar os menos favorecidos e quando falamos em ajudar, não estamos nos
referindo àquilo que não te serve mais, mas que talvez ainda seja importante
para você. Ajudar quem precisa ultrapassa a condição de levar uma cesta básica,
mas verificar se precisa de algo mais como remédio, emprego, assistência
psicológica, oração ou simplesmente uma companhia.
Que o mundo um dia vai acabar,
isto não resta a menor dúvida. Pode ser que acabe para uma pessoa, para uma
família, localidade ou povo. Até que chegue este momento, que vivamos com
dignidade, amor e intimidade com Deus. Enquanto o mundo existir, que ele seja
um lugar agradável e abençoado, assim, no final de tudo você poderá dizer: “É,
a vida fez sentido!”.
Para encerrar o tema... não o
mundo... e levando em consideração que falamos muito de amor como meio de viver
bem, abracemos aquela célebre frase do saudoso cantor Renato Russo: “É preciso amar como se não houvesse o
amanhã”. No mais, não convém preocupar se ele vai acabar hoje, amanhã, mês
que vêm ou daqui a duzentos anos, viva intensamente cada dia, faça o bem e
sinta-se privilegiado por estar vivo!
Fonte: CLIENT