A religiosidade parece estar passando por um período fortíssimo de teste da fé. Com as mais diversas ideologias que incentivam a liberdade desenfreada, muita gente está acreditando não precisar mais de Deus e isto é muito sério. Por outro lado, assiste-se igrejas e seitas aproveitadoras da inocência humana que conseguem até falar de Deus, mas não o adota como dogma. Na contramão, exploram os fiéis financeira e mentalmente. A crise da fé norteará a nossa reflexão de hoje!

O sistema atual tem feito uma lavagem cerebral nas pessoas, fundamentalmente nos jovens. Normalmente eles são muito resistentes com a educação advinda dos pais diante de um mundo embasado pelo Movimento da Nova Era que propõe questionamentos, rebates, não aceitação e liberdade. Chegam, inclusive, a ignorar quem os financiam para viverem com tantos prazeres e descompromissos. Alguns até levam os estudos à sério, outros, porém, embarcam numa vida de tranquilidade acreditando que estão agindo conforme o mundo de hoje. Os maiores incentivadores deste ostracismo são as ideologias adquiridas pela tecnologia atual, as influências negativas, o uso desenfreado e antecipado de entorpecentes, drogas ilícitas e álcool, também a não vontade de trabalhar diante dos pais que erroneamente arcam com tudo e nunca colocam restrições e, por fim, a crença de que estão certos sempre.

No que concerne à religiosidade, os jovens estão se afastando cada vez mais e os poucos que participam preferem não compromissar. Nas faculdades os professores os incentivam a não acreditar em Deus alegando a ciência ser soberana. Nas mídias o assunto já é ignorado e criticado há muito tempo, cabe então às igrejas trabalhar muito para incentivar e não perder mais fieis, travando um conflito ferrenho com os que puxam para o outro lado. Por sua vez, as vocações já estão caindo também. Parece não ser mais atrativo trabalhar no Reino de Deus e se está complicado arrebanhar novos seminaristas, freiras então, nem se fale. Não seria o caso de apenas convidar, faz-se necessário acontecer toda uma ação para que os adolescentes se sintam motivados à vida religiosa e uma vez consagrados, que possam exercer com perfeição a missão. Infelizmente temos muitos padres e pastores que conduzem seus trabalhos com muita incompetência, acelerando assim a descrença nas igrejas.

Outro fator que tem deixado tudo muito estranho seria a maneira como tem sido conduzida a administração pública.  Tudo bem que o estado laico prega o respeito aos seguimentos religiosos, mas não justifica criticar um lado, como o cristianismo e reforçar o outro como normal. Infelizmente pelo mundo afora muitos governantes têm adotado um sistema de distanciamento das coisas de Deus por acreditar que a cristandade não lhes permite agir incorretamente. Alguns são tão péssimos que seus cidadãos passam fome, vivem numa situação de extrema pobreza enquanto eles abominam qualquer tipo de religiosidade com um discurso de normalidade, assim, grupos revolucionários e ideológicos nascem com sentidos reivindicatórios e anticristãos.

Dizer que a Igreja pode ruir e chegar ao fim seria muita ousadia de nossa parte até mesmo porque, durante toda a sua história, muitos episódios aconteceram bem mais trágicos e ela permaneceu firme. Lembramos as Cruzadas, a peste negra, as revoluções científicas e industrial, o período medieval, a reforma protestante, dentre outros. Certamente os poucos que se mantiveram firmes na fé conseguiram vencer e as coisas retomaram nos seus eixos. Hoje também é reconfortante ver eventos no Santuário de Aparecida com uma grande multidão firmes em oração pedindo para a sua igreja, o mesmo assistimos nas dependências da Canção Nova, no Rebanhão de Pentecostes em Bom Sucesso deste ano, nas celebrações da Santa Missa, no Terço dos Homens, no trabalho dos vicentinos, da Pastoral da Família e nos outros movimentos. As orações destes fiéis ganham uma força fenomenal para se conseguir derrotar o inimigo.

Martin Luther King Jr dizia que "A fé é a única coisa que pode nos manter em pé quanto tudo mais desaba ao nosso redor". Também Joseph Prince comentou: "A fé é o que nos mantém firmes nas tempestades da vida" e por fim, assim falou o Papa Francisco: "A fé é a força que nos faz seguir em frente, mesmo quando tudo parece perdido". Quando Lúcifer criou seu próprio império, deixou claro a maneira como conduziria o seu reinado. Como a filosofia cristã prega o bem, a ética, a harmonia, a paz, o amor e a beleza da vida, o reino contrário, sem nenhuma sombra de dúvidas, utiliza ferramentas diferentes. Hoje assistimos um mundo que pareia estas duas situações travando um verdadeiro conflito de disputa de pessoas. De um lado os tementes à Deus que permanecem firmes na fé e do outro, os defensores mundanos que batalham para jogar por terra toda e qualquer tipo de religiosidade. Estes descrentes e revoltados ignoram a ideia de que tudo começou pela vontade divina e de que Deus tem controle de tudo, fundamentalmente da nossa salvação. A ficha somente cai quando estas pessoas se deparam numa cama de hospital desenganados pelos médicos e começam então a implorar a misericórdia de Deus para continuar vivendo.

Chegamos a mais um final! Hoje tratando de um tema polêmico. Tudo leva a crer que ele causará diversas discussões. Esta crônica é postada no site da rádio – www.radiocomunidadefm.com – e aberta para todos os tipos de comentários. É, inclusive, enriquecedor ler as opiniões, mesmo que sejam contrárias. A nossa intenção foi exatamente defender a necessidade de Deus para que a humanidade seja perfeita e somente conseguiríamos este intento criticando o outro lado. O futuro está logo aí na frente e se não batalharmos para que ele seja santo, muitas catástrofes poderão acontecer. A nossa esperança se apoiará na nossa fé!

Fonte: CLIENT